Flávio Bolsonaro diz nas redes sociais que não fez "nada de errado"
13/12/2018 21:58 - Atualizado em 14/12/2018 17:22
Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro / Divulgação
Depois da polêmica sobre “movimentações suspeitas” de R$ 1,2 milhão apontada pelo Conselho de Controle Atividades Financeiras (Coaf), o senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) publicou nesta quinta-feira nas redes sociais uma mensagem onde diz que não fez “nada de errado”. O nome de José Carlos Queiroz, um ex-assessor do filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), apareceu no documento que fez parte da investigação que gerou a operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais acusados de loteamento político de cargos no Detran e de receberem “mensalinho” de propina.
Flávio negou em suas contas no Facebook e no Instragram que tenha cometido qualquer irregularidade. O ex-assessor trabalhou no gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). “Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor”, escreveu o senador eleito nas redes sociais.
Em mais um capítulo da polêmica, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB) disse ao jornalista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, que Bolsonaro demorou a se pronunciar. “Ele demorou a falar. Podia ter falado antes. Esperou aumentar a pressão. Mas acho que falou bem. (...) O Exército tem uma sigla para isso: apurundaso. Apurar e punir se for o caso. É isso que deve ser feito”.
A análise do relatório do Coaf revelou que a maior parte dos depósitos em espécie na conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro coincide com as datas de pagamento na Assembleia Legislativa do Rio. Nove ex-assessores do filho do presidente eleito repassaram dinheiro para o motorista.
O relatório também identificou um depósito de Queiroz no valor de R$ 24 mil na conta bancária da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O presidente eleito afirmou na semana passada que o depósito do ex-assessor do filho na conta de Michele se tratou do pagamento de uma dívida de R$ 40 mil com o próprio Bolsonaro. (A.N.)

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