Bebê chega morto ao HGG e caso é investigado
Victor Azevedo 12/12/2018 15:27 - Atualizado em 13/12/2018 15:20
Foto - Antônio Leudo
O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) de Campos apontou que o bebê de quatro meses, que chegou morto ao Hospital Geral de Guarus (HGG) na manhã desta quarta-feira, foi vítima de sufocamento após tomar leite na noite anterior. Segundo a direção do HGG, a criança chegou à unidade acompanhada de um adulto e, seguindo procedimentos, médicos logo tentaram reanimá-la, sem êxito.
De acordo com informações da delegada adjunta da 134ª DP do Centro, Nathália Patrão, responsável pelo caso, o bebê não era cuidado pela mãe.
— O bebê vivia na comunidade da Farofa e cada dia estava na casa de uma pessoa, mas quem cuidava na maior parte do tempo era uma senhora que tem duas filhas, uma de 14 e outra de 16. Ela trabalha a noite cuidando de uma idosa e volta para a casa de manhã — ressaltou.
Em seu depoimento, a mulher que cuidava da criança afirmou que ao chegar em casa pela manhã, o bebê estava na cama deitado com as duas filhas, porém sem movimento. E as duas meninas contaram que, por volta das 20h, deram leite a criança e a colocaram para dormir.
“No laudo, o médico informou que foram encontradas petecas cardíacas e pulmonares, que são vestígios de sufocação, e um líquido branco nas traqueias e brônquios pulmonares que deve ser o leite, então provavelmente esta criança vomitou, bronquioaspirou o leite e morreu de sufocação direta por obstrução das vias respiratórias”, disse a delegada.
Nathália disse que a situação seria registrada como fato atípico e afirmou que a mãe vai responder por abandono de incapaz. “Não houve crime. No caso da senhora, eu não posso punir uma solidariedade, até porque não existe crime. Essas pessoas não tinham obrigação nenhuma. Inclusive, sempre que a mãe aparecia lá, elas falavam para a mãe pegar a criança e ela dizia que iria pegar. Agora, a mãe vai responder pelo abandono da criança”, finalizou.

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