Plebiscito do mal
18/09/2018 17:36 - Atualizado em 18/09/2018 17:40
A polarização entre Jair Bolsonaro e o PT, com o "poste" da vez, Fernando Haddad, está levando à desidratação das candidaturas de Geraldo Alckmin e Marina Silva. Ciro Gomes, outra alternativa da esquerda e único obstáculo para o confronto dos extremos, vem se mantendo estável, embora tenha sido ultrapassado pelo candidato petista em pesquisas mais recentes e caído para o terceiro lugar.
Na esteira da queda de Marina e Alckmin e na decisão dos até então indecisos, Bolsonaro e Haddad seguem subindo, com o petista diminuindo a diferença pesquisa a pesquisa. Já foi na casa dos 20%, já caiu para a casa dos 10% e a tendência é que chegue a um dígito.
Hoje tem divulgação de pesquisa do Ibope e quinta-feira terá Datafolha. É aguardar para ver se as tendências se confirmam. Com a entrada de Haddad e do PT de fato na campanha, após a candidatura natimorta de Lula, e seu natural crescimento nas pesquisas, o medo do PT voltar ao poder reforçou os votos anti-PT em Bolsonaro.
Assim como o medo de Bolsonaro, seu discurso de extrema direita e histórico anti-minorias chegar ao poder está reforçando os votos anti-Bolsonaro em Haddad. Já no 1º turno claramente estão fazendo voto útil, embora logicamente essa escolha deva ocorrer no 2º turno. Afinal, para isto existem 2 turnos.
Os eleitores estão votando para evitar o grande mal, em seu ponto de vista, que o oponente possa fazer se ganhar. É o plebiscito do mal.

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    Christiano Abreu Barbosa

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