De certo no PR: Abdu e Thiago
Suzy Monteiro 02/04/2018 22:35 - Atualizado em 05/04/2018 20:37
Abud Neme
Abud Neme / Folha da Manhã
Após a debandada em nível estadual, o Partido da República (PR) de Campos, que já teve em seus quadros a então prefeita Rosinha Garotinho (PEN) e o ex-deputado federal Anthony Garotinho (PRP), só tem duas certezas no momento: os vereadores Abdu Neme e Thiago Ferrugem decidiram continuar no partido. A legenda, porém, continua sem presidente depois que Kellinho saiu do cargo. O vereador afastado por condenação na Chequinho, aliás, não está nem mais no partido. Houve um “acordo” para sua expulsão.
Cotado para a presidência do PR em Campos, o vereador e primeiro secretário da Câmara Municipal, Abdu Neme, afirma que ainda não há nada decidido.
— Esta semana é que vamos decidir várias questões no PR. Temos que saber a situação do partido. Sei que será um novo PR, sem perseguição a ninguém — garante o vereador Abdu Neme.
Já Thiago Ferrugem explica porque vai permanecer na legenda, pela qual se elegeu em 2016: “Vou continuar no PR. Não existe motivo, pelo menos no momento, para que eu saia do partido. Vamos esperar para ver quais os rumos do partido”, disse.
Após oito anos no PR, Garotinho deixou o partido em janeiro, após ser destituído da presidência regional. Havia um desgaste do ex-governador, especialmente após sua prisão mais recente. Depois de ser preso em novembro de 2016 e setembro de 2017, pela operação Chequinho, no dia 22 de novembro do ano passado foi para cadeia de novo, mas no âmbito da Caixa d’Água.
E, levou junto a esposa, a ex-governadora Rosinha, e outras seis pessoas, entre elas o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues e seu genro Fabiano Alonso.
Após saírem da cadeia, ainda foram impedidos pela Justiça Eleitoral de exercerem seus cargos no partido. A situação se tornou insustentável, até que Garotinho foi retirado da presidência regional. Inconformado, ele anunciou sua saída do partido e disparou, usando como argumento que a legenda teria se tornado “sucursal do governo Temer”.
Mas, os constantes escândalos envolvendo denúncias de uso político de programas sociais e a maneira personalista de fazer política já vinham desagradando outros filiados do PR.
Mês passado, Garotinho anunciou sua filiação ao PRP. E, pela primeira em quase três décadas, chegou a um partido sem poder de comando. A presidência regional continua com Eliane Cunha. No PRP, ele lançou sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Seu filho Wladimir também se filiou ao partido e pode ser o presidente do diretório local.

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