Caso Sunset: MPE dá parecer pela improcedência da ação
06/09/2017 13:13 - Atualizado em 06/09/2017 13:17
Mais um caso de investigação eleitoral relacionada ao pleito municipal de 2012 em São João da Barra vai chegando ao fim. Nesta quarta-feira (6), a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que ficou conhecida como “caso Sunset” teve parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) pela improcedência da ação. A Aije está com os autos concluso para decisão, que caberá ao juiz Leonardo Cajueiro, responsável pela 37ª Zona Eleitoral.
Pouco depois das eleições de 2012, o PMDB e a coligação “São João da Barra não pode parar” — que venceram o pleito de 2012 com Neco (PMDB) como prefeito e Alexandre Rosa (hoje PRB) como vice — denunciaram o grupo político liderado, à época, pelo ex-prefeito e candidato ao mesmo cargo Betinho Dauaire (PR) de participação em um esquema de compra de votos no dia anterior ao da votação. Os denunciantes apresentaram imagens do circuito interno de câmeras do edifício Sunset, em Campos, onde alegam que teria ocorrido uma entrega de dinheiro para a compra de votos.
Além de Betinho, também foram denunciados seu candidato a vice, Gersinho Crispim (atual SD), hoje vereador e membro da bancada de sustentação ao governo Carla Machado (PP); o presidente do diretório do Partido da República em SJB, Bruno Dauaire, hoje deputado estadual; os ex-vereadores Kaká (Avante) e Zezinho Camarão (DEM); os radialistas Winster Brito (à época candidato a vereador) e Luiz Fernando; Jakson Meireles, então candidato a vereador pelo PTC, e Rodrigo Rocha, à época candidato a vereador pelo PR. Completam a lista de denunciados Lucas Assed, que seria o proprietário do imóvel onde, de acordo com a denúncia, os políticos estiveram um dia antes da eleição; e Ranan Sampaio, então candidato a vereador pelo PC do B.
O caso Sunset completa um pleito regado a denúncias eleitorais em SJB. Foi também neste ano que foi deflagrada a operação Machadada, na qual foi denunciado o grupo político liderado pela prefeita Carla Machado. Atualmente na segunda instância, Carla, Neco, Alexandre e o vereador Alex Firme (PP) foram condenados a oito anos de inelegibilidade. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Machadada e o Sunset foram os casos que tiveram maior repercussão na política sanjoanense nos últimos tempos. Alguns personagens, inclusive, aparecem nos dois casos. Jakson e Rodrigo que figuraram como denunciantes da Machadada, que já gerou a condenação em primeira instância aos investigados, foram denunciados no “caso Sunset”. Na situação de Camarão, pelo que chegou a ser divulgado à época da queixa, não haveria imagens de que ele entrou no prédio, mas testemunhas afirmariam que ele esteve em frente ao edifício. Os denunciantes pedem a condenação dos investigados por “abuso de poder econômico”.

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    Arnaldo Neto

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