Servidores da Educação voltam a protestar em frente à Prefeitura
Paula Vigneron 05/09/2017 11:21 - Atualizado em 06/09/2017 14:55
  • Servidores da educação retomaram os protestos

    Servidores da educação retomaram os protestos

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    Servidores da educação retomaram os protestos

Servidores da Secretaria Municipal de Educação, junto ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e ao Sindicato dos Professores e Servidores Públicos Municipais (Siprosep), se reuniram em mais um ato em frente à Prefeitura de Campos, na manhã desta terça-feira (5). Uma comissão de nove funcionários foi formada para dialogar com o secretário de Educação, Rafael Damasceno, sobre a pauta proposta pelo grupo. À tarde, eles foram recebidos pela vice-prefeita Conceição SantAnna e os secretários de Gestão Pública, André Oliveira, e de Educação, Rafael Damasceno, que ouviram as principais demandas dos professores e de outras áreas da rede.
— Não há nenhuma categoria que tenha nos procurado e não tenha sido recebida. O diálogo está aberto e, assim, vamos procurar a melhor forma de solucionar essas questões — disse Conceição SantAnna.
Os trabalhadores, que permaneceram em frente à sede da prefeitura até o término do encontro entre a comissão e o secretário, explicaram as reivindicações: melhorias nas condições de trabalho, plano de saúde, regência (gratificação para o professor que está em sala de aula) incorporada ao salário, reajuste salarial, eleições para diretores de escola. A questão do ponto biométrico também foi comentada pelos trabalhadores:
Servidores da educação retomaram os protestos
Servidores da educação retomaram os protestos / Paulo Pinheiro
— O servidor, em geral, entende que o ponto é desnecessário no momento por uma questão financeira. Mas, no decorrer do tempo, pode ser utilizado, sim. A gente não está fugindo da questão de trabalhar. Eu vou para o meu trabalho, assino meu ponto, cumpro minha obrigação e saio no meu horário. Isso, eu vou continuar fazendo com ou sem ponto biométrico. A gente entende que é uma questão desnecessária do ponto de vista financeiro. Eu trabalho com educação infantil. Nós trabalhamos em uma unidade, hoje, em que a criança não tem o mínimo: papel higiênico, material de limpeza, sabonete. A gente tem que comprar ou levar de casa. E essa criança está lá para ser servida por mim enquanto servidora pública. E eu não tenho condição de servir — explicou a professora Cíntia Maciel.
A pauta dos funcionários foi apresentada ao secretário de Educação e à subsecretária, Luciana Eccard, em uma reunião que começou às 9h e durou cerca de uma hora e meia. Após o encontro, representantes do Sepe conversaram com os servidores, aglomerados na porta da prefeitura. Integrante da comissão, a pedagoga Odisseia Carvalho explicou que foram abordados diversos pontos: plano de carreira (com ampliação para outras categorias), eleição de diretores (sendo candidatos os servidores estatutários), regulamentação de 40h para 30h dos auxiliares de secretaria, a carga horária e a falta de auxiliar de turma no primeiro segmento de ensino e incorporação da regência.
Também foi debatido com o poder público o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo Odisseia, de acordo com a lei do fundo, 60% dos recursos devem ser destinados como gratificação para pagamento dos professores. “Quem é da rede estadual sabe disso: nós só estamos recebendo porque recebemos através do Fundeb”, disse.
—Precisamos estar coesos, defendendo as questões. Amanhã (quarta-feira), nós teremos uma nova audiência, às 15h, para dar continuidade ao nosso diálogo com relação à nossa pauta — complementou.
A pauta entregue pelos profissionais da educação será analisada pelas secretarias. Uma nova reunião, com a presença da Procuradoria Geral do Município, está marcada para esta quarta-feira (6), na sede da Secretaria de Educação.
Comissão debate reposição — Os servidores que se reuniram com o secretário Rafael e a subsecretária Luciana apresentaram uma proposta para a reposição das aulas não ministradas nos dias de greve. Foi acordado que não haverá corte dos pontos nesta semana e está sendo traçado o método para repor os dias perdidos: por meio de conteúdos, com atividades complementares para os alunos, ou em sábados letivos. A primeira alternativa foi um pedido dos integrantes da comissão. A definição será apresentada na reunião desta quarta-feira.

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