Conselho Tutelar invadido e menina levada por mãe e homens armados
Julia Beraldi 05/09/2017 13:51 - Atualizado em 06/09/2017 15:01
Conselho Tutelar
Conselho Tutelar / Paulo Pinheiro
Cinco pessoas invadiram o Conselho Tutelar, em Guarus, no final da tarde dessa segunda-feira (4), para resgatar uma criança que estava no local com o pai. Entre os invasores, estava a mãe e a avó da criança. A ação aconteceu por volta das 17h50. O coordenador do Conselho, Igor Machado, que estava no momento do ocorrido, explicou que os invasores danificaram alguns objetos como cadeiras e mesas. A menina de apenas 5 anos foi levada. A informação é que a mãe mora no Parque Santa Clara.
O coordenador disse ainda que não viu arma com os homens que, segundo ele, aparentavam ser menores de idade. Mas em nota, a Prefeitura informou que o prédio do Conselho Tutelar II foi invadido por quatro homens armados, que renderam o guarda municipal responsável pela segurança da unidade e entraram para pegar uma menina que havia sido levada pelo pai ao Conselho Tutelar, em busca de atendimento e orientação devido à uma suposta situação de risco envolvendo a criança.
Ainda conforme a Prefeitura, durante o atendimento, o grupo invadiu a unidade à procura da menina junto com outros familiares dela e um dos suspeitos chegou a sacar uma arma em direção ao pai. O conselheiro tutelar que realizava o atendimento e o guarda municipal foram agredidos e a criança levada pelo grupo.
A Fundação Municipal da Infância e da Adolescência (FMIJ) esclareceu que o Conselho Tutelar II já conta com segurança. O servidor não reagiu à invasão porque os suspeitos estavam armados.
- A nossa sensação no momento foi de vulnerabilidade, e uma criança foi tirada aqui de dentro e não pudemos fazer nada. Para garantir a segurança só temos um guarda que não pode ficar armado – ressaltou o Igor.
Em nota a Prefeitura informou também que a FMIJ tem reunião marcada para esta terça-feira (5) com o Ministério Público Estadual (MPE) e o Conselho Tutelar (CT) para discutir novas estratégias que garantam maior segurança aos conselheiros tutelares e aos assistidos.

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