Polícia prende quadrilha que furtava alimentos fornecidos a presídios
Jane Ribeiro 15/08/2017 16:22 - Atualizado em 16/08/2017 13:04
Coletiva na 146ª DP apresentou suspeitos
Coletiva na 146ª DP apresentou suspeitos / Antônio Leudo
O ditado popular “ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão” em Campos deveria ser reescrito para “ladrão que rouba o que iria ser entregue a ladrão não tem cem anos de perdão”. Seis pessoas foram presas na noite da última segunda-feira (14), suspeitas de furtar carga de alimentos da empresa Nutry Energe, que eram fornecidas para unidades prisionais de Campos e Itaboraí. De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos, que eram funcionários da empresa, foram flagrados com 180 quilos de arroz. Um deles seria responsável pelo transporte e os outros pelo descarregamento do material. Os seis funcionários foram enquadrados no crime de furto qualificado.
A investigação teve início diante de uma denúncia anônima recebida há alguns dias, dando conta de que funcionários da empresa fornecedora furtavam parte das mercadorias durante o descarregamento, com a finalidade de vender ilegalmente para terceiros.
Delegado Luiz Maurício Armond
Delegado Luiz Maurício Armond / Antônio Leudo
Segundo o delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Luis Maurício Armond, a carga foi monitorada e, quando chegou a Campos, foi desviada para Tapera, onde seria rateada e vendida para comerciantes.
— Descobrimos que eles estavam fazendo o desvio desses insumos para venda irregular e após sair da empresa iriam para a Tapera, em Ururaí, onde um dos presos aguardava o material onde seria depositado. São funcionários antigos e outros responsáveis pelo descarregamento. Os produtos seriam vendidos ilegalmente para receptadores, ou seja, comerciantes de alto padrão daqui de Campos. Descobrimos também que toda semana havia desvio de produtos que seriam para o fornecimento da comida para as unidades prisionais — informou o delegado.
O delegado informou ainda que, nenhum dos presos tinha passagem pela polícia. Eles eram funcionários antigos da empresa, um deles com mais de 10 anos de trabalho. “Vamos nos aprofundar nas investigações para ver ser há mais pessoas envolvidas para finalizar o inquérito”, informou Armond.
Os presos foram conduzidos para a Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro, na Codin, em Guarus.

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