A presidente Dilma Rousseff aproveitou o jantar na noite de quarta-feira com ministras, deputadas e senadoras da bancada feminina para fazer uma defesa da ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, na véspera de seu depoimento à CPI da Petrobras. O evento, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, teve pouca pauta de gênero e ficou centrado em temas áridos como a dificuldade para aprovação do ajuste fiscal, a corrupção na Petrobras e o cenário econômico adverso.
Mesmo em meio à avalanche de crises pela qual passa o governo, a presidente Dilma aparentava tranquilidade. Sua preocupação maior foi externada ao falar das Medidas Provisórias 664 e 665, que endurecem as regras para concessão de benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego, pensão por morte e abono salarial.
A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), que ficou na mesma mesa que Dilma, disse que a presidente estava muito preocupada com a implementação das medidas de ajuste, mas disse que entendia que o Congresso faria o debate e as mudanças sobre o tema. "Questionei alguns pontos do ajuste e disse que são muito difíceis de serem votados. Ouvi muitas deputadas comentarem isso no jantar, que no momento de crise é quando mais pessoas são demitidas, então não dá para restringir acesso a direitos como o seguro-desemprego", disse Clarissa.
Sonhar não custa nada - No dia do jantar com a presidente Dilma, Clarissa Garotinho publicou foto diante do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência do Brasil, com a seguinte legenda: "Quem sabe um dia... Rs!"
Fonte: O Globo