Segunda audiência do caso Letycia Peixoto é marcada para o dia 12 de julho
05/06/2023 13:40 - Atualizado em 05/06/2023 14:11
Diogo Viola participou da primeira audiência
Diogo Viola participou da primeira audiência / Foto: Rodrigo Silveira
A segunda audiência de instrução e julgamento do assassinato de Letycia Peixoto Fonseca foi marcada para o dia 12 de julho, às 13h, no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. Segundo a decisão do juiz Adones Henrique Silva Ambrósio Vieira, serão ouvidas as testemunhas indicadas pela defesa técnica de Diogo Viola Nadai, ex-companheiro da vítima e acusado de ser o mandante do crime.  Letycia foi assassinada aos 31 anos no dia 02 de março deste ano, quando estava grávida de 8 meses. O bebê, Hugo, chegou a nascer através de um parto de emergência, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
O juiz da 1ª Vara Criminal de Campos também deferiu a quebra de sigilo de dados telefônicos do aparelho da vítima Letycia para que a perícia informe se no período de 02 de setembro de 2022 a 10 de março de 2023 a vítima recebeu mensagens de cunho ameaçador.
A primeira audiência de instrução e julgamento foi realizada no dia 18 de maio. Na ocasião, seriam ouvidas 50 testemunhas, entre familiares, amigos e policiais que participaram da investigação, mas 19 pessoas falaram na primeira fase. Entre as testemunhas que participaram da audiência, a mãe de Letycia, Cintia Fonseca, a esposa de Diogo Viola de Nadai, Erika Nadai, e a delegada Natalia Patrão, titular da 134ª DP, que ficou responsável pelo inquérito policial. A audiência, que começou às 13h44, foi encerrada após a desistência de interrogar a irmã do Fabiano Conceição da Silva, acusado de ter atirado em Letycia. 
Antes da audiência começar, familiares e amigos de Letycia chegaram a fazer uma manifestação em frente ao Fórum pedindo por justiça.
Em 31 de março, o Ministério Público apresentou à Justiça denúncia contra os quatro presos por suspeita de envolvimento no crime, após conclusão do inquérito policial. Fabiano Conceição Silva, suspeito de ter atirado na vítima; Dayson dos Santos, que pilotava a moto usada no crime; Gabriel Machado Leite, acusado de ter o interlocutor; e Diogo respondem, segundo o Ministério Público, por homicídio triplamente qualificado contra Letycia e o seu filho Hugo e, ainda, por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra a mãe da vítima, Cintia Pessanha Peixoto.
Crime - Letycia estava no carro da empresa em que trabalha conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto, que pararam ao lado do automóvel. O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.

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