Familiares e amigos de Letycia Peixoto pedem justiça na porta do Fórum
18/05/2023 13:12 - Atualizado em 18/05/2023 15:09
  • Familiares e amigos pedem justiça (Fotos: Genilson Pessanha)

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Familiares e amigos de Letycia Peixoto Fonseca fizeram uma manifestação nesta quinta-feira (18) em frente ao Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, antes de começar a primeira audiência de instrução e julgamento do caso, marcada para às 13h. Letycia foi assassinada aos 31 anos no dia 02 de março deste ano, quando estava grávida de 8 meses. O bebê, Hugo, chegou a nascer através de um parto de emergência, mas não resistiu e morreu no dia seguinte. O principal suspeito de ser o mandante do crime é o professor e empresário Diogo Viola de Nadai, que mantinha um relacionamento com a vítima. Ele e outros três suspeitos de envolvimento no crime estão presos.
Com faixas e cartazes, os familiares e amigos pediram justiça pela morte de Letycia e Hugo. "Pode haver momentos em que somos impotentes para evitar a injustiça, mas nunca deve haver um momento em que deixemos de protestar. Justiça por Letycia Peixoto e Hugo", dizia uma das faixas.
Para a mãe de Letycya, Cintia Fonseca, que também foi baleada no dia do crime, a perda da filha e do neto se transformou em desejo de que todos os envolvidos sem responsabilizados. "“Nesse momento, meu coração está querendo a justiça e clamando por todos os direitos que foram tirados da minha filha e do meu neto. A dor se transformou em desejo de justiça”, disse. 
O advogado que representa a família da vítima, Márcio Marques falou sobre a expectativa para a primeira audiência. “Hoje serão ouvidas 24 testemunhas. Se todas vierem, vamos tentar concluir a audiência hoje. Se não for possível, o juiz pode designar uma outra data para a conclusão. Como advogado criminalista, acredito que a defesa deve deixar os acusados em silencio, mas pode ser que sejamos surpreendidos com uma declaração de algum deles”, relatou. 
Um dos advogados de defesa da família de Letycia, Marcelo Barreto, explicou que o processo está na primeira fase processual, no qual ocorrem as oitivas de testemunhas de acusação e defesa, além dos depoimentos dos acusados. "Após isso, o juiz vai proferir decisão, seja ela favorável aos acusados ou de pronúncia. O juiz, ao decidir pronunciar o acusado, admite a imputação feita e a encaminha para julgamento perante o Tribunal do Júri. isso ocorre quando ele se convence da materialidade do fato (crime) e de indícios suficientes de autoria ou de participação. Como advogado e amigo da família, entendo que há materialidade e fortes indícios para haver a decisão de pronúncia", afirmou.
Em 31 de março, o Ministério Público apresentou à Justiça denúncia contra os quatro presos por suspeita de envolvimento no crime, após conclusão do inquérito policial. Fabiano Conceição Silva, suspeito de ter atirado na vítima; Dayson dos Santos, que pilotava a moto usada no crime; Gabriel Machado Leite, acusado de ter o interlocutor; e Diogo respondem, segundo o Ministério Público, por homicídio triplamente qualificado contra Letycia e o seu filho Hugo e, ainda, por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra a mãe da vítima, Cintia Pessanha Peixoto.
Crime - Letycia estava no carro da empresa em que trabalha conversando com sua mãe, que estava do lado de fora do veículo, na rua Simeão Scheremeth, próximo à Arthur Bernardes, quando, por volta das 21h, as duas foram surpreendidas por dois homens em uma moto, que pararam ao lado do automóvel. O carona disparou diversos tiros na direção da gestante, que foi atingida na face, no ombro, na mão esquerda e no tórax. A mãe de Letycia, por instinto, chegou a correr em direção aos criminosos, momento em que foi atingida na perna esquerda. Câmeras de segurança flagraram o momento do assassinato.
Também no momento do crime, Letycia deixava a tia-avó Simone Peixoto, de 50 anos, em casa, após um passeio de carro que fazia sempre com ela para acalmá-la. No banco do carona, Simone, que tem Síndrome de Down, ficou coberta de sangue e a família diz que ela chora o tempo inteiro. Segundo o tio de Letycia, eles chegaram a pensar que a Simone havia sido baleada, mas se tratava de grande quantidade de sangue de Letycia após ser atingida.
As duas foram socorridas pelo tio da gestante e levadas para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Letycia morreu logo após dar entrada. Uma cesariana de emergência foi realizada e o bebê transferido para a UTI neonatal da Beneficência Portuguesa, mas ele não resistiu e morreu horas depois. Já a mãe da gestante foi atendida, fez exames e recebeu alta.

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