Ministro confirma que voos diretos de Campos e Macaé para o Rio serão mantidos
Dora Paula Paes 04/08/2022 17:58 - Atualizado em 04/08/2022 18:00
A companhia aérea Azul, que iria descontinuar o voo de Campos e de Macaé para o Rio (Aeroporto Santos Dumont), substituindo-o por um voo para Campinas (SP) e dali para conexões ao Rio e outras cidades, voltou atrás e irá manter os voos daqui para o Santos Dumont. Em vídeo, o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, fez o comunicado, nesta quinta-feira (4). Desde que foi anunciada a mudança, que passaria a valer a partir dia 8 de agosto, foi formada uma força-tarefa, que reuniu políticos e associações que representam os setores comerciais e industriais fluminenses para que o plano da Azul não fosse à diante. A notícia foi divulgada com exclusividade pelo blog Ponto Final, de Christiano Abreu Barbosa, na Folha1.
A notícia partiu do senador Carlos Portinho (PL-RJ), em seu Twitter. Em uma postagem com um vídeo de Marcelo Sampaio, ministro do governo Bolsonaro, onde ele afirmou que estão mantidos os voos e ainda informou que trabalhará para ampliar os voos da região para o Rio.
— Vamos manter os voos dos Santos Dumont de Campos e Macaé. A gente viu circulando que ia parar, pelo contrário estamos conversando com o governo do Estado, senadores, Câmara Federal, Assembleia e as companhias aéreas vamos manter e ampliar essa rede — disse o ministro Marcelo Sampaio.
Para a mudança que a Azul declinasse da mudança que não agradou vários setores do interior fluminense, trabalharam o senador Carlos Portinho, o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ), o presidente da Alerj André Ceciliano (PT-RJ), dos prefeitos das cidades e das entidades como a Firjan, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campos, ACRJ, Fecomércio e Rio Indústria.
Segundo o deputado federal Christino Áureo, os voos da Azul ligando o Santos Dumont a Macaé e Campos são fundamentais. Ele lembra que esses voos também movimentam os aeroportos regionais que também tiveram lutas travadas para receber melhorias como o de Macaé e, por isso, precisa ter uma escala regular e manter a movimentação. Assim como Campos, que também passou por investimentos.
— Então, não faz nenhum sentido, essa região que é a maior produtora de óleo e gás do Brasil, uma das maiores regiões produtoras do planeta, não ter uma linha (aérea) regional ligando seus aeroportos regionais à capital. Esse trabalho junto ao presidente da Anac (Luiz Ricardo Nascimento) foi fundamental para fazer com que ele se convencesse de que a companhia tem que olhar não só para sua conveniência imediata, ela tem que fazer as mesmas apostas que os governos fazem quando investem. Tudo que fizermos, como incentivos para o setor aéreo, inclusive, redução tributo dos combustíveis, de alguma maneira tem que ser retribuído, fazendo com que rotas de interesse do desenvolvimento sejam mantidas — disse Christino Áureo.
O parlamentar também lembrou a união de forças que levaram a essa notícia do próprio ministro Marcelo Sampaio: “É preciso destacar, também, o empenho da deputada federal Clarissa Garotinho, André Ceciliano, senador Carlos Portinho e tantos outros que a gente pode arregimentar forças para poder conseguir esse objetivo”.
A Folha aguarda posição da Azul.

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