Polícias Civil e Militar realizam segunda fase da Operação Guadalajara
Catarine Barreto 14/03/2019 08:48 - Atualizado em 15/03/2019 17:39
Catarine Barreto
Policiais da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus) e do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizaram, nesta quinta-feira (14), mais uma etapa da Operação Guadalajara, de combate ao tráfico de drogas e homicídios provocados por brigas de facções criminosas no subdistrito. Na ação, concentrada no Parque Presidente Vargas, foi preso um homem identificado como Esquilo, que chefiaria o tráfico na área conhecida como “Cantinho do Beiço”. Esquilo, através de benefício prisional, foi solto em dezembro passado. Conforme o delegado Pedro Emílio Braga, mesmo no presídio, ele comandava a ação do TCP na área. Na operação desta manhã, ele foi preso em casa, onde a polícia apreendeu até uma balestra ou besta, arco e flecha que atira na horizontal, mesma arma utilizada pelos jovens no massacre de Suzano.
Na segunda fase da operação quatro pessoas foram presas. A polícia apreendeu uma arma de fogo e a balestra, além de dinheiro e anotações do tráfico de drogas. No Parque Presidente Vargas, o conflito ocorre entre gangues de uma mesma facção criminosa, que disputam pontos de venda de drogas. A polícia divulgou um vídeo no qual Esquilo, dentro do presídio, ostentando joias e celulares, comandava uma espécie de “festa”, até com bebidas. Esquilo ficou preso por 12 anos, até ser solto em dezembro do ano passado.
Em coletiva de imprensa na 6ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), o delegado titular da 146ª DP, Pedro Emílio Braga, falou sobre a atuação de Esquilo. “A prisão se deu no contexto da deflagração da segunda fase da operação Guadalajara, que é uma operação permanente, um projeto para este ano, na circunscrição de Guarus. O objetivo é reprimir o tráfico de drogas como um todo, mas principalmente aqueles homicídios decorrentes dessas rivalidades, que representam 80% das nossas estatísticas, na região. Buscamos paulatinamente chegar à redução desses índices, o que temos observado ocorrer. Então, a prisão de Esquilo se deu nesse contexto. Trata-se do homem que era considerado o chefe do tráfico naquele bairro e, inclusive, recentemente obtivemos um vídeo, que circulou por rede social, que teria sido filmado por indivíduos que se encontram encarcerados. No vídeo, eles teriam feito alusão à facção criminosa e também a esse indivíduo como o chefe dessa facção”.
Os mandados de prisão são,de acordo com o delegado, contra envolvidos com a facção do tráfico, instalada no bairro. Dos cinco mandados de prisão, quatro foram cumpridos. A polícia ainda procura uma mulher, já considerada foragida. Sobre a balestra apreendida na casa de Esquilo, Pedro Emílio disse que não é uma arma de maior potencial lesivo. “É uma arma branca, mas sem dúvida pode provocar morte, possuindo total capacidade de causar graves danos”, concluiu.

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