Seis presos a 11 dias de posse na Alerj
Aldir Sales 21/01/2019 20:33 - Atualizado em 28/01/2019 16:30
Alerj
Alerj / Divulgação
A pouco mais de uma semana para a posse, seis deputados estaduais eleitos continuam presos por escândalos de corrupção e possuem seus futuros indefinidos. Em entrevista à Folha da Manhã publicada no último domingo, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), disse que são necessários pelo menos 60 dias para um parecer da Casa sobre a convocação ou não de suplentes, como determina o regimento interno.
Cinco dos parlamentares foram presos na operação Furna da Onça, em novembro do ano passado. As investigações apontam que os envolvidos recebiam propinas mensais que variavam de R$ 20 mil a R$ 100 mil – além de cargos – para votar de acordo com o interesse do governo. O esquema teria movimentado pelo menos R$ 54 milhões, segundo a Polícia Federal.
Na ocasião, foram presos os deputados André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC) – que atualmente está em prisão domiciliar –, e Marcos Abrahão (Avante). Todos já ocupavam uma cadeira na Alerj e foram reeleitos em outubro do ano passado.
Além da Furna da Onça, outro parlamentar eleito, o ex-prefeito de Silva Jardim, na Baixada Litorânea, Anderson Alexandre (SD), foi preso também em novembro de 2018 em operação do Ministério Público estadual, junto com o presidente da Câmara de Vereadores, Roni Pereira da Silva (SD).
Segundo a denúncia, os dois teriam montado uma organização criminosa voltada para esquema de arrecadação de vantagens ilícitas, a partir do pedido de propina a empresários em troca da celebração de contratos com o município, por meio de fraudes em processos de licitação.

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