Municípios recebem royalties com queda
Joseli Matias 21/01/2019 20:29 - Atualizado em 25/01/2019 19:31
Municípios produtores de petróleo recebem hoje o repasse de royalties referente à produção de novembro com queda significativa, em comparação com os valores pagos no mês passado, o que já era esperado, devido à baixa no valor do petróleo tipo Brent. Entre as cidades da região, a redução chega a 26%, como é o caso de Rio das Ostras e Campos. Este receberá R$ 33.825.669,23, enquanto o depósito de dezembro foi de R$ 45.727.413. Em relação a janeiro de 2018, entretanto, Campos registra uma alta de 3,4%.
Para São João da Barra serão depositados nesta terça R$ 9.143.283,80, que representa uma queda de 24,2% em relação a dezembro do ano passado, quando foram depositados R$ 12.063.743. Em janeiro de 2018, o repasse para São João da Barra foi de R$ 8.076.950.
Município da região que recebe os maiores repasses de royalties, Macaé terá R$ 47.128.631,59 depositados neste mês. O valor é 22,1% menor que o repassado em dezembro (R$ 60.488.349) e 18% maior que o depósito de janeiro de 2018 (R$ 39.923.851).
— A queda nos repasses era aguardada, como reflexo da baixa do preço do barril de petróleo tipo Brent em novembro, que foi além dos 20%, e devemos ter outra para o mês de fevereiro, também decorrendo do mesmo fator em dezembro. A instabilidade política e comercial nos países que são grandes produtores é uma das principais causas. Devemos ter cautela, poupar e gastar apenas o suficiente — ressaltou o superintendente de Petróleo e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu.
Para o município de Campos essa queda é preocupante, mas o município está preparado para amenizar as consequências. “Os fatores da redução foram devido a queda no preço do barril do petróleo no mercado internacional (-22%), no valor do dólar e ainda da produção de petróleo na Bacia de Campos (-3,4%). As consequências são preocupantes, pois o município, embora venha tentando criar alternativas às receitas dos royalties, ainda se recupera de dívidas e despesas acumuladas ao longo das gestões anteriores”, enfatizou o superintendente de Ciência e Tecnologia de Campos, Romeu e Silva Neto.

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