Reitor do IFF desmente boatos
Victor de Azevedo 01/11/2018 20:56 - Atualizado em 03/11/2018 14:29
O anúncio revelado na última quarta-feira, 31, de que a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), pensa em retirar o Ensino Superior do país do Ministério da Educação e passar para o Ministério da Ciência e Tecnologia (Mctic) causou um mal entendido envolvendo o reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães. Um áudio circulou pelo whatsapp mencionando o nome do reitor com afirmações que não correspondem à verdade sobre a notícia de mudanças das universidades para o MCT.
— A aluna interpretou a fala de uma coordenadora e construiu uma história que não corresponde ao que aconteceu. Houve uma notícia do Jornal O Globo, que afirmou que as universidades vão sair do MEC e vão para o Mctic. A partir daí, houve um receio de que isso pudesse refletir na nossa instituição. Uma professora ao entender esta mensagem se desesperou e um áudio viralizou no país todo — ressaltou Jefferson.
Ainda de acordo com o reitor, ao ser informado pela professora sobre o boato, ele enviou um áudio explicando a situação. “A coordenadora mandou pra mim uma mensagem dizendo que estava em pânico. E eu mandei um áudio pedindo tranquilidade. A aluna disse que não sabia que foi uma matéria de jornal. Ela já mandou um e-mail se desculpando. Foi uma atitude de desespero. E agora sou eu quem está espalhando um áudio explicando a situação. Foi uma percepção equivocada da aluna, mas não houve má fé. O problema é que estamos em um ambiente muito contaminado, onde a fake news foi muito pesada. Então tudo que se coloca, as pessoas ficam apavoradas”, comentou.
A proposta de levar para o Mctic a responsabilidade de definir os critérios, parâmetros e políticas públicas para o ensino superior, ainda em estudo, faz parte da reestruturação ministerial cogitada pela equipe de Jair Bolsonaro, que, ainda durante a campanha, prometeu reduzir o número de ministérios. Para Jefferson Manhães, as informações sobre a proposta ainda são escassas para se fazer análises amplas. “Todos nós fomos pegos de surpresa. Nós não temos todas as informações para fazer juízo de valor. Isso é um novo paradigma. Mas no Estado do Rio, salvo engano, as Faetecs, a própria Uerj estão na secretaria de Ciência e Tecnologia e não na Educação. Pode ser que isso seja modelo. Vamos ter uma reunião na semana que vem com reitores e vamos conversar sobre o assunto”, finalizou.

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