Vereador preso é denunciado à Justiça
01/11/2018 19:34 - Atualizado em 06/11/2018 14:42
Divulgação
O Ministério Público Estadual (MP) denunciou à Justiça o vereador de Miracema Guillerni Ribeiro de Camargo, o Guigui (MDB), preso durante a operação Ficha Limpa, realizada em conjunto com a Polícia Civil na última quarta-feira (31). A Promotoria de Justiça Criminal do município acusa o parlamentar pelo crime de roubo, que prevê pena de reclusão de quatro a dez anos. Junto à denúncia, o MP também pediu a prisão preventiva do político, que havia sido preso temporariamente.
De acordo com a promotoria, o filho de Guillerni, Rafael Xavier de Camargo, também teve prisão preventiva decretada, mas está foragido da Justiça. Ele é acusado de portar arma de fogo sem autorização legal.
De acordo com o promotor de Justiça Marcos Davidovich, responsável pelo caso, as provas demonstram não só a forte influência política que Guillerni exerce e que pode atrapalhar o processo, mas também a grande possibilidade de que, assim como seu filho, o vereador também consiga escapar da prisão.
— Resta evidenciada a necessidade da prisão para garantia da própria credibilidade do Poder Judiciário e do Ministério Público, instituições encarregadas de zelar pelo bem comum e pela paz e ordem públicas, uma vez que a prematura liberdade do indiciado poderia incutir no espírito dos habitantes da cidade de Miracema o sentimento de impunidade, incentivando os menos esclarecidos à prática de delitos da mesma natureza daquele em análise, especialmente diante do histórico do denunciado — destaca a denúncia.
Segundo o MP, no carro de Guillerni foram encontradas, sob fundo falso, 96 munições de 9mm e 95 munições de calibre 38, todas sem autorização legal. A polícia informou também que as investigações começaram em dezembro do ano passado após um empresário do ramo de medicamentos denunciar um roubo de R$ 77 mil. Segundo a vítima, o crime ocorreu depois dele deixar o banco após ter sacado a quantia para pagar os funcionários da empresa.
A equipe de reportagem tentou contato com a defesa de Guillerni, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. (A.S.) (A.N.)

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