Bolsonaro viaja para Brasília para tratar sobre transição
06/11/2018 09:50 - Atualizado em 07/11/2018 17:08
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro / Divulgação
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) faz, nesta terça-feira (6), sua primeira viagem para Brasília após a eleição. Ele vai se encontrar com o presidente Michel Temer nesta quarta (7). Nessa segunda-feira (5), em entrevista à TV Aparecida, Bolsonaro disse que será um “grande passo” se o Congresso aprovar, ainda neste ano, mudança para idade mínima para aposentadoria no serviço público e no privado. E a aliança entre Brasil e Israel, anunciada por ele semana passada, já começa a provocar reações. O governo do Egito cancelou, sem nova data, uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país no período de 8 a 11 deste mês. Pelos menos 20 empresários brasileiros já estão no Egito e precisarão deixar o país.
Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados uma proposta do governo Michel Temer para reforma da Previdência. O projeto prevê idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens (para trabalhadores do setor público e privado), com a regra de transição até 2042. Há exceções, como nos casos de professores, policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde.
— O grande passo no meu entender, neste ano, se for possível, passar para 61 anos no serviço público para homem e 56 para mulher e majorar também um ano nas demais carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar o ano que vem já tendo algo de concreto para nos ajudar na economia — disse.
Incidente — Oficialmente, os governos do Brasil e Egito disseram que o adiamento da viagem ocorreu por questões de agenda. No entanto, nos bastidores, o cancelamento da viagem é visto como uma retaliação à ideia de Bolsonaro de, após assumir a Presidência da República, transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A ONU não reconhece Jerusalém como capital de Israel. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou US$ 1,453 bilhão ao país árabe, com destaque para carne bovina. (A.N.)

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