Mar volta a avançar e gera novas cobranças por contenção em Atafona. Veja o vídeo
06/11/2018 11:56 - Atualizado em 06/11/2018 19:30
Avanço do mar acontece nas imediações das ruínas do prédio do Julinho
Avanço do mar acontece nas imediações das ruínas do prédio do Julinho / Reprodução de vídeo
O avanço do mar na praia de Atafona já é notícia, ao menos, desde a década de 1950 (aqui). E desde lá, existia a expectativa sobre um “espigão” para salvar o Pontal. Quase 60 anos depois, agora em vídeo enviado pelo leitor Rodrigo Queiroz, a esperança é a mesma: a construção de um quebra-mar para salvar o que restou da costa, uma vez que o antigo Pontal já está totalmente submerso.
Conforme o vídeo, que você pode assistir no fim do post, o mar avança nas proximidades das ruínas do prédio do Julinho. Pegando os escombros como referência, as investidas das ondas acontecem ao norte (até a foz do Paraíba) e ao sul (nas imediações da Ernani Alves). As ruínas do prédio funcionam como uma espécie de um pequeno “quebra-mar”. Tanto que foi derrubado pelo mar há mais de 10 anos (aqui) e, até agora, funciona como forma de “proteção” das casas vizinhas.
Em 2014 surgiu uma esperança, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) garantiu a viabilidade de um projeto para ser desenvolvido na praia sanjoanense. Só que, quatro anos depois, as discussões ainda são burocráticas. A prefeita Carla Machado (PP) chegou a apresentar o documento ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), mas, até o momento, nenhuma resposta foi dada. Isso sem falar nas inúmeras “caravanas” de parlamentares que foram até Atafona para “assistir” ao avanço do mar e prometer “ajudar como puder” (o que, na maioria das vezes, representa não fazer nada).
Em outubro do ano passado (aqui), foi anunciado que o município havia conseguido o recurso de R$ 1 milhão para execução do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do anteprojeto de contenção do mar. Desde então, pouco foi noticiado sobre o assunto. O que avançou, consideravelmente, foi o projeto para desobstrução da foz do Paraíba, que inclusive já está com os estudos em andamento.
Vale aqui destacar os movimentos populares que cobram a atuação de todas as esferas de poder para que as intervenções sejam realizadas. Ainda assim, tudo caminha a passos lentos, bem diferente da velocidade com a qual as ondas carregam dia após dia mais um “pedaço” de Atafona. A coluna Ponto Final do último domingo (4) destacou (aqui) que quem visitou o litoral sanjoanense constatou que o mar estava avançando, novamente, em Atafona.
A Prefeitura de São João da Barra foi questionada sobre o monitoramento da Defesa Civil e sobre o andamento do projeto de contenção do avanço do mar. Se houver resposta, o post será atualizado.

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    Arnaldo Neto

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