Justiça concede julgamento em separado para Luana Sales
Mário Sérgio Junior 05/11/2018 21:28 - Atualizado em 06/11/2018 14:33
O juiz da 1ª Vara Criminal de Campos, Bruno Rodrigues Pinto, deferiu o julgamento em separado da ré Luana Barreto de Sales, acusada de envolvimento no assassinato da universitária Ana Paula Ramos em setembro do ano passado. Com a determinação, Luana teve seu processo desmembrado do julgamento dos outros réus da ação: Igor Magalhães de Souza, Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro e Marcelo Damasceno Medeiros que estão presos em Itaperuna.
Em sua decisão, o magistrado tomou como base o artigo 589 do Código Penal e destacou que somente um acusado entrou com recurso.
Em julho deste ano, o delegado responsável pelas investigações do caso, Luís Maurício Armond, chegou a informar que os réus iriam à júri popular, conforme decisão judicial. Com o desmembramento da acusada Luana, ela ainda aguardará pelo julgamento no presídio feminino de Campos, porém será julgada separadamente dos outros réus.
A última audiência do caso foi realizada no dia 8 de maio de 2018, quando foram ouvidas as testemunhas Luiz Maurício Armond e Max Paulo (ambos na presença dos acusados), Paulo Roberto Ramos Filho, Ana Carolina de Paz, Marcos Rafael, Larissa Ramos, Layana Ribeiro, Ana Márcia da Silva e Fabiana dos Santos (todos na ausência dos acusados, uma vez que apresentaram receio de prestarem esclarecimentos na frente dos réus). Na ocasião, a acusada Luana Sales também prestou depoimento e negou as acusações.
O crime aconteceu no dia 19 de setembro de 2017 e conforme investigações da Polícia Civil, no dia da emboscada, Luana convidou Ana Paula para ir até o Parque Rio Branco, em Guarus, visitar a obra de sua casa. Depois, elas veriam o vestido que Luana usaria no casamento da vítima. No local, Luana chamou a cunhada para tomar um sorvete na praça e este seria o sinal para a execução do plano de falso assalto. Atingida por tiros na cabeça e no tórax, a universitária foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) na carroceria de uma caminhonete. Com morte cerebral constatada na semana seguinte, no dia 21 de setembro, a jovem teve morte decretada por falência múltipla dos órgãos na noite do dia 23. Luana foi presa por policiais militares no HFM, em uma roda de orações pela vida de Ana Paula.

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