Eduardo Paes, enfim, confirma pré-candidatura no Rio
27/07/2018 11:56 - Atualizado em 03/08/2018 14:25
Paes candidato
Depois de falar por diversas vezes que não seria candidato em 2018, o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), admitiu, nessa quinta-feira (26), pela primeira vez, que pretende concorrer ao Governo do Estado em outubro. Com todo o desgaste do MDB nos últimos tempos, o partido sofreu com sucessivos escândalos de corrupção, a crise enfrentada pelo governador Luiz Fernando Pezão, a impopularidade do presidente Michel Temer e o próprio fracasso de Paes, que não conseguiu levar ao segundo turno da sua sucessão em 2016 o seu candidato, o deputado Pedro Paulo (MDB), Eduardo, então, resolveu ir para os Estados Unidos.
Retorno
Menos de dois anos depois de deixar o país em baixa, Paes volta ao Rio de Janeiro como o “salvador do MDB” e nome lógico para a sucessão de Pezão. No entanto, apesar do cortejo, o ex-prefeito carioca resolveu mudar de ares, “pero no mucho”. Desembarcou do MDB e foi para os braços do DEM, de Rodrigo Maia, mas levou com ele as alianças com o chamado “centrão”, os partidos que compuseram a base de apoio do Governo do Estado nos últimos anos, inclusive sua antiga legenda.
Caso Marielle
Mais dois suspeitos de estarem no veículo de onde partiram os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes, há quatro meses, tiveram as prisões preventivas decretadas. William da Silva Sant’Anna, o William Negão, e Renato Nascimento dos Santos, Renatinho Problema, foram identificados a partir do depoimento da testemunha-chave do crime, que está sob proteção, mas que não revelou como obteve as informações. Os mandados de prisão não foram expedidos por causa desse crime, mas por um assassinato cometido por uma quadrilha de milicianos que está sendo investigada.
Participação
Além da caravana por vários pontos do município, a Prefeitura de Campos passou a disponibilizar desde essa quinta-feira em seu site (www.campos.rj.gov.br) um questionário online do orçamento participativo, que garante a participação popular na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2019. O munícipe pode apresentar três ações prioritárias, sendo duas alinhadas ao Plano Plurianual 2018-2021 e mais uma à sua livre escolha. Pode ser obra, criação de novo serviço ou melhoria de algo que já existe, por exemplo. As questões ficam disponíveis até a próxima terça-feira.
Água fria
A semana que passou foi marcada por uma reviravolta no cenário das eleições presidenciais com o anúncio do fechamento da aliança entre o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) e o Centrão, bloco formado pelo DEM, Solidariedade, PP, PR e PRB. Mas nessa quinta-feira, enfim, o acordo foi selado. Os rumores da aliança soaram como uma balde de água fria na candidatura de Ciro Gomes (PDT), que flertava com essa base conservadora.
Alô...
Tanto que assim que vazou a informação sobre a possibilidade da aliança, o coordenador de campanha de Ciro ficou mais de uma hora ao telefone com o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, considerado o dono do PR. Foi justamente o Partido da República que fez o jogo virar a favor de Alckmin, após colocar um ponto final nas negociações com Jair Bolsonaro (PSL).
Apoio caro
Na verdade, o Centrão está interessado em estar no poder, não necessariamente na proposta política de quem irá comandar o Palácio do Planalto. Sem dúvida, um apoio que custará muito caro após a eleição. Mas, entre ter a companhia do Centrão e estar confinado a um gueto isolado, há dúvidas. Por isso, a semana será de intensas articulações para a eleição presidencial, com Ciro e outros candidatos mirando o PCdoB e o PSB para escaparem do isolamento.
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