Mais prazo para inquérito contra Temer
02/08/2018 21:13 - Atualizado em 03/08/2018 14:13
Ministro Edson Fachin
Ministro Edson Fachin / Divulgação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou a prorrogação por mais 60 dias da investigação sobre um suposto favorecimento da empresa Odebrecht ao presidente Michel Temer (MDB) e aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). O Palácio do Planalto informou que não vai comentar a decisão.
De acordo com a Agência Brasil, a prorrogação foi pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em junho, após a mesma solicitação ter sido feita pela Polícia Federal (PF), que já colheu alguns depoimentos no caso, incluindo o do advogado José Yunes, amigo de Temer e suspeito de ter recebido quantias em dinheiro em nome do presidente.
Ante a diversificação de frentes investigativas, após as providências iniciais tomadas pela PF, Fachin autorizou a prorrogação. Os delegados querem colher novos depoimentos no processo, incluindo o de Marcelo Odebrecht, ex-presidente-executivo da empreiteira.
O caso envolve o suposto favorecimento à Odebrecht durante o período em que Padilha e Moreira Franco foram ministros da secretaria da Aviação Civil, entre os anos de 2013 e 2015. Em março, Temer foi incluído por Fachin como alvo do inquérito.
De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, o presidente Temer participou de um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, quando era vice-presidente, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o MDB, como contrapartida do favorecimento à empresa. (S.M.) (A.N.)

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