Batalha de Confetes na rua 13 de Maio
Jhonattan Reis 09/02/2018 18:42 - Atualizado em 11/02/2018 14:55
Baile de Carnaval, desfile de bois pintadinhos e o saudoso Grito de Carnaval farão parte da tradicional Batalha de Confetes, que acontece neste sábado (10) na rua Treze de Maio, no Centro de Campos. A concentração está marcada para as 22h. A batalha, que não foi realizada no ano passado — por falta de apoio e condições financeira, segundo divulgado na ocasião —, é organizada este ano pelo presidente da associação de Bois Pintadinhos de Campos dos Goytacazes (Aboipic), Marciano da Hora, o Dadá, e por presidentes de bois pintadinhos da cidade, mantendo viva a tradição campista.
Dadá explicou sobre como será a Batalha:
Folha da Manhã
— A concentração será em frente à sede da secretaria de Fazenda (entre as ruas Tenente Coronel Cardoso e Siqueira Campos), onde começaremos com apresentação da corte oficial do Carnaval. No mesmo lugar, será feita a leitura do texto “Batalha de Confetes: Uma Tradição Viva Que Não Pode Morrer”, o que é de elaboração dos presidentes dos bois e da associação.
Depois disso, acontecerá um baile de Carnaval, com direito a marchinhas, confetes e serpentinas, contou Dadá.
— Aí, após o baile, será realizado o desfile dos oito bois pintadinhos. Cada boi terá entre 30 e 40 minutos para fazer sua apresentação, sendo que uma banda estará tocando marchinhas carnavalescas nos intervalos. Quando todos já tiverem se apresentado, vem o encerramento com o Grito de Carnaval, que é um arrastão geral de todos os bois, com apresentação de uma bateria. Estimamos que o encerramento aconteça por volta das 5h — explicou.
O presidente da Aboipic destacou a importância da Batalha de Confetes para a história do Carnaval de Campos. Ele contou que a manifestação carnavalesca começou há mais de 45 anos, com o nome de bloco “Os Caveiras”.
— Tudo começou com Lord Broa, que era quem estava à frente d’“Os Carveiras”. Ele fez o bloco ganhar notoriedade e, após sua morte, quem assumiu a já Batalha de Confetes foi o companheiro Lélio França. E Lélio foi quem organizou até 2016. Como não foi realizada no ano passado e recebemos a informação de que tudo estava se encaminhando para não ter também este ano, nós da Aboipic e os presidentes dos bois pintadinhos resolvemos assumir a organização e não deixar a tradição morrer.
Dadá usou a palavra paixão para explicar o porquê de manter a tradicional Batalha de Confetes viva.
— Além de ser muito trabalhoso, temos muitas dificuldades para colocar o bloco na rua. A atitude e o ato de realizar a batalha este ano foram no peito e na raça. No máximo, a gente conseguiu apoio logístico da Prefeitura e alguns parceiros para pelo menos pagar as pessoas que vão trabalhar. A gente mesmo está fazendo tudo na paixão, na vontade de não deixar a peteca cair, porque se não houvesse batalha este ano, provavelmente não teria ano que vem também.
E em 2018 uma das novidades é o acontecimento da Batalha de Confetes no sábado de Carnaval, conta Dadá.
— Antes, era feito sempre no sábado anterior ao Carnaval. Este ano resolvemos apostar no próprio sábado de Carnaval, uma vez que não tem nada na cidade em questão de evento carnavalesco neste dia — falou ele, que lembrou que haverá segurança e ambulância no local.

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