Congos e Chinês entram na avenida
09/02/2018 22:23 - Atualizado em 15/02/2018 16:12
As escolas de samba Congos e Chinês entram na avenida Joaquim Thomaz de Aquino Filho, na sede de São João da Barra, hoje (11), com a promessa de manter a tradicional rivalidade carnavalesca no município. Congos abrirá a noite de desfiles às 22h, seguida da Chinês, à 0h. Na terça-feira (13) de Carnaval, acontece a reapresentação das duas agremiações, com inversão na ordem de apresentação.
No ano em que completa 86 carnavais, Congos levará para a avenida o enredo “Sete: do início ao fim”, prometendo um desfile irreverente, interessante, dinâmico, alegre, criativo e luxuoso. A criação do mundo, o colorido da natureza, as sete maravilhas, a batalha entre o bem e o mal, seres celestiais, o mistério dos sete mares e os sete pecados capitais são temas que inspiram os carnavalescos da primeira escola a se apresentar hoje.
Também serão retratados as sete divindades, as sete sagas do Harry Potter, as sete pragas do Egito, dança dos sete véus, as sete cores do arco-íris, sete palmos abaixo da terra (a morte), sete notas musicais, divididos em três carros alegóricos, cinco tripés (elementos alegóricos), alas, alegorias e setores.
— Cerca de 40 pessoas trabalharam intensamente nos barracões e, na avenida, serão 600 componentes defendendo as cores vermelha e branco — disse o carnavalesco Geraldo Lopes, acrescentando que os 70 ritmistas, vestidos de Pierrô, darão o tom ao desfile, que contará com a presença da madrinha da bateria Taiani Barreto, do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Ian Machado e Letícia Lopes, e da rainha Tainá Madalena, além de musas e destaques.
— O enredo está muito rico, o lúdico ganha vida, forma, cenários, figurinos e tudo necessário para criar formas de expressão e colorido especial visando encantar o folião com um belíssimo espetáculo — acrescentou Lopes.
Já a Chinês, que tem 85 anos de existência, resgatará na avenida a sua própria história, com o enredo “Essa noite vai chover prata, com o gênio da arte”, em uma reedição do Carnaval de 1996, do artista sanjoanense João Antônio Cajueiro Gaiato. Ele, na época, revolucionou a cidade ao promover a reflexão enfocando um grande protesto envolvendo os diversos segmentos e tradições culturais sanjoanenses.
Entre os temas das alas estão: “É manchete”, “O teatro e os musicais”, “Grécia, o berço da arte”, “Folclore” e “O carnaval oriental”.
— Através das mãos de um gênio, a escola do oriente revolucionava o Carnaval de São João da Barra, trazendo inovações e um desfile marcado por ousadia, história e muito talento. Com um enredo arrojado, usando de tom crítico e recheado de criatividade e muito saudosismo, o artista pioneiro da cidade transformou os discretos desfiles carnavalescos em um grande espetáculo de cenários. Uma ópera a céu aberto — resumiu o carnavalesco Gil Miranda, referindo-se a Gaiato.
Segundo os carnavalescos, foram vários meses de trabalho, com uma média de 30 pessoas se empenhando no barracão e ateliê, preparando os três carros alegóricos, quatro tripés, quatro alas e alegorias, além de fantasias. Na avenida, serão 600 componentes, entre eles a rainha da escola, Carlatriz Lopes; madrinha da bateria, Thais Malhardes; rainha do samba, Keuren Ramos; musa Érica Ribeiro; casal de mestre-sala e porta-bandeira, Caíke e Marilyn Pinto.
Também estarão presentes os destaques de luxo, que são Luciano Vicente, Valéria Abreu, Tarciso Malhardes, Ariana Sá, Thiago Lemos. Na bateria, serão 70 ritmistas. (J.H.R.) (A.N.)

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