Nuzman e COB são punidos pelo COI
06/10/2017 22:48 - Atualizado em 09/10/2017 18:33
O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi duro ao anunciar nesta sexta sua postura após a prisão do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman. A entidade internacional não só suspendeu o brasileiro de todas as atividades ligadas ao movimento olímpico, retirando-o de seu cargo na organização dos Jogos de Tóquio, em 2020, como suspendeu o COB como membro. Isso não afeta, porém, a participação dos Brasil na Olimpíada de Inverno-2018, na Coreia do Sul.
A decisão tomada pelo COI é muito pouco comum, se não inédita. Não foi assim, por exemplo, quando o presidente do comitê olímpico da Irlanda, Patrick Joseph Hickey, foi preso na Olimpíada do Rio acusado de comandar esquema de venda ilegal de ingressos para a Olimpíada. A postura só tem paralelo com casos em que o governo interferiu dentro do comitê olímpico nacional, como foram os casos de Índia e Kwait, recentemente.
A punição a Nuzman e ao COB é a primeira desde que a Comissão de Ética do COI passou a ser presidida pelo sul-coreano Ban Ki-moon, antigo secretário-geral da ONU, há menos de um mês. E foi essa comissão que sugeriu as punições. Nuzman foi suspenso de todos os seus direitos e funções relativos à sua posição de membro honorário do COI.
Nuzman é considerado o principal responsável pelo pagamento de propina a dois membros do COI na eleição do Rio como sede dos Jogos de 2016, na operação Unfair Play, braço da Lava Jato que investiga a corrupção no governo Sérgio Cabral. (A.N.)

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