Casimiro de Abreu confirma cinco casos de febre amarela
Joseli Matias 23/03/2017 17:27 - Atualizado em 24/03/2017 19:01
Secom - Quissamã
Vacina contra a febre amarela/Secom - Quissamã
Mais dois casos de febre amarela foram confirmados, nesta quinta-feira, pela secretaria de Estado de Saúde (SES) em Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea, elevando para cinco os pacientes com a doença no município. De acordo com a SES, os exames de Jairo Bochorny, 68 anos, e Pedro de Oliveira Santos, realizados no laboratório Noel Nutels (Lacen), no Rio de Janeiro, deram positivo para a doença. Na última quarta-feira, os corpos de dois micos-leões-dourados, animais ameaçados de extinção e que existem apenas na região, foram encontrados na margem da BR 101, na altura de Silva Jardim, cidade vizinha a Casimiro. Segundo o secretário executivo da Associação Mico-Leão-Dourado, Luis Paulo Ferraz, não há sinais aparentes de febre amarela nos animais mortos.
Segundo a família de Jairo, que está internado no Hospital dos Servidores, no Rio de Janeiro, ele costuma frequentar a região serrana de Casimiro de Abreu e não tem parentesco com os demais pacientes com suspeita de febre amarela nem com as pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado.
Em relação a Pedro, que já recebeu alta, a Prefeitura informou que ele mora na localidade de Córrego da Luz, é tio do Watila Santos, que morreu em decorrência da doença no último dia 11 de março, e sobrinho do Joaquim de Oliveira Santos, que também teve a doença, mas também já recebeu alta. Os cinco casos da doença registrados no estado aconteceram em Casimiro de Abreu.
Micos - Os corpos dos micos-leões-dourados foram recolhidos pela Autopista Fluminense, concessionária que administra a BR 101, que atravessa duas reservas ecológicas que abrigam os animais: Poço das Antas (Silva Jardim/Casimiro) e União (Casimiro/Rio das Ostras). A superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria estadual de Saúde informou que foi notificada e que investiga a causa das mortes.
A estimativa da ONG internacional de preservação ambiental WWF, é de que apenas mil micos-leões-dourados ainda existam. A preocupação com os animais aumentou desde que os casos de febre amarela foram confirmados em Casimiro de Abreu. A doença é extremamente mortal para os primatas. Equipes da associação e de agentes de vigilância sanitária têm feito monitoramento na Reserva Biológica de Poço das Antas, em busca de animais doente, mas nada foi encontrado até o momento.
Além da morte de Watila Santos, três pacientes que tiveram a doença confirmada já receberam alta: Alessandro Valença Couto, Joaquim de Oliveira Santos e Pedro de Oliveira Santos. Ainda há sete casos suspeitos de pessoas que moram em Casimiro de Abreu sendo investigados pelo laboratório Noel Nutels, no Rio de Janeiro.
Nesta quinta, a secretaria de Estado de Saúde promoveu mais um encontro técnico com representantes de municípios fluminenses para acertar estratégias e orientar as equipes de atendimento em relação a vacinação contra febre amarela.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS