O voto em Aécio
José Paes 21/10/2014 13:31

O PT e seus aliados, na belicosa disputa eleitoral que está sendo travada, tentam colocar na mente do eleitor, que os que preferem o projeto do Senador Aécio neves desmerecem as conquistas sociais dos últimos anos, preferindo o retrocesso, a volta aos padrões do passado.

Eu, particularmente, discordo desse ponto de vista. Primeiramente, importante salientar que fazer uma singela análise entre os governos tucanos e petistas, sem levar em consideração os momentos históricos em que estavam inseridos é leviandade. Ambos os governos, dentro das realidades vividas, tiveram grandes avanços sociais, quer seja através da estabilidade econômica, quer seja através dos programas de distribuição de renda.

Dentro desse contexto, é necessário reconhecer os notórios avanços sociais alcançados nos últimos doze anos dos governos petistas. Por outro lado, é importante reconhecer, também, que ditos avanços foram possibilitados, em boa parte, pelas tortuosas, porém necessárias reformas levadas a cabo pelo governo FHC.

O que penso é que as conquistas sociais dos últimos vinte anos correm o risco de serem comprometidas em razão de políticas equivocadas do atual governo, em especial na economia, e que esse mesmo PT das conquistas sociais não dispõe, no momento, por diversos fatores, das condições necessárias para liderar os novos anseios da sociedade.

É preciso ter em mente que os avanços do País no período pós ditadura, quer seja no campo econômico, quer seja no campo social, não são propriedade de determinados partidos políticos, mas sim fruto do amadurecimento da nossa sociedade, que apesar das suas enormes diferenças, já possui padrões mínimos de que não abre mão.

A sociedade não abriu mão da estabilidade econômica, também não abrirá mão das conquistas sociais que reduziram a pobreza e a desigualdade. Contudo, anseia por novos avanços, por novas ideias, por mudanças de comportamento, por alternância de poder.

É por isso que voto em Aécio. Não por desmerecer ou querer o fim de programas sociais. Mas sim, por entender que o candidato reúne melhores condições para fazer reformas e mudanças – ainda que impopulares – imperiosas para a manutenção dos avanços já alcançados e conquista de outros tantos que ainda são necessários.

Artigo publicado na versão impressa da Folha de 16/10.

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