
Marcos Curvello
Foto: Folha da Manhã
Prestes a completar 120 anos, em 2015, o Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam) celebra nesta segunda-feira (12) seis décadas no mesmo endereço: o número 37 da avenida 28 de março, no Turfe Clube. A programação do dia começa às 10h, com hasteamento da bandeira nacional. Mais tarde, acontece a revelação do trabalho ganhador do concurso promovido para escolha da logomarca do Sanduíche Literário, ao que se seguirá apresentação do projeto Sala de Música. À tarde, a partir das 16h, será promovido torneio de futsal e a confecção do mural “Minha escola é assim”, junto à educação infantil. Missa em ação de graças no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, às 18h, encerra os eventos comemorativos do dia.
As homenagens, porém, se estendem pelo mês, com atividades esportivas e culturais entre os dias 13 e 15. No dia 24, a instituição oferece, a partir das 16h, um chá aos seus ex-funcionários, em um gesto que visa preservar o vínculo daqueles que por lá passaram com a instituição de ensino. No dia 27, às 15h, a professora doutora Eloíza Dias Neves, do campus Campos da Universidade Federal Fluminense (UFF), ministra a palestra “Saber docente, sabor de gente”. Por fim, no dia 28, os funcionários do Isepam participam da confraternização anual, que será realizada a partir das 19h.
De acordo com a diretora geral Rita de Cássia Leitão Gomes falou sobre a importância da presença da comunidade. "A escola tem história, tem laços com a comunidade e a participação de todos, especialmente dos pais dos alunos, é muito importante".
Já a vice-diretora Mônica Souza Alves falou sobre a importância de celebrar a data junto aos profissionais da instituição. "O Isepam emprega, hoje, cerca de 400 funcionários, uma parte considerável dos quais, ex-alunos. São pessoas que saem como alunos e voltam como professores".
História
A escola pela qual passaram nomes conhecidos dos campistas e moradores da região, como a ex-vereadora Odisséia Carvalho, a ex-prefeita de São João da Barra Carla Machado e a falecida juíza Maria Tereza Gusmão de Andrade, teve suas primeiras seis décadas anexa ao Liceu de Humanidades de Campos. Criada em 1984, a Escola Normal de Campos, que teve, segundo os livros de matrículas, como primeira aluna Maria Clotilde Arrault, tornou-se Instituto de Educação de Campos após a reestruturação da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro, estabelecida pela lei nº 2.146, de 12 de maio de 1954. A mudança atende a Lei Orgânica da Escola Normal, nº 8.530, de 1946, que indica para o funcionamento do Curso Normal uma instituição com Jardim de Infância e Grupo Escolar, e enseja a mudança para o Grupo Escolar Saldanha da Gama, que funcionava no atual endereço.
De lá para cá, a instituição cresceu, tornou-se Instituto de Educação Professor Aldo Muylaert (Iepam), foi transferido da Secretaria de Educação para a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e abraçado, em 2001, pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) do Rio de Janeiro, assumindo o nome pelo qual é conhecido hoje. Atualmente, o Isepam tem aproximadamente 4,2 mil alunos matriculados da Educação Infantil à pós-graduação, incluindo nos cursos de licenciatura em Educação do Campo e em Pedagogia.
Segundo o coordenador do Polo Faetec Norte/Noroeste Fluminense, professor Etevaldo Pessanha, o Instituto Superior de Ensino Professor Aldo Muylaert é um exemplo de ensino no município e em todo o Estado.
— Cada vez mais, a Faetec se faz presente e reforça o seu papel de proporcionar ensino público, gratuito e de qualidade para o cidadão Fluminense. O Isepam é uma referência na Educação não apenas em Campos, mas para todo Estado. Parabéns aos gestores e docentes do Isepam, por seu comprometimento em manter a tradição — afirma Etevaldo Pessanha.


