Hoje, no Cineclube, ?Um passaporte húngaro?
19/03/2014 10:03

O Cineclube Goitacá exibe nesta quarta-feira (19) o documentário “Um passaporte Húngaro” (Idem, 2002), da diretora Sandra Kogut. Quem apresenta o longa é o diretor teatral Antonio Roberto Kapi. A sessão começa às 19h30, na sala 507 do edifício Medical Center.

O filme trata da história de uma família, conduzida pela relação entre a diretora do filme e sua avó materna, Mathilde Lajta, guiando o espectador em uma viagem de retorno às origens húngaras, a partir do pedido de um passaporte. Para tanto, utiliza diferentes tecnologias a fim de construir uma narrativa que vai atrás do significado das identidades, do que a constrói, articulando de maneira singular experiências pessoais com a história e a memória coletivas, imprimindo deslocamentos importantes tanto em relação à produção midiática quanto ao documentário clássico político e aos filmes autobiográficos mais correntes.
Para Kapi, o documentário é intrigante, haja vista que a diretora é a personagem principal, no entanto, ela não aparece em nenhum momento do filme.

— Neste mundo globalizado, quem não possui um passaporte não existe. A história é narrada sob a sua ótica, mas ela não aparece em nenhum momento do emaranhado burocrático em que a narrativa se tece — destacou o diretor teatral.

Esta é a segunda vez que Kapi apresenta um filme no Cineclube Goitacá. Na primeira vez, ele apresentou, durante a série “Memória”, o longa-metragem “Amnésia” (“Memento”, 2000), segundo trabalho do inglês Chisthoper Nolan, cineasta consagrado junto ao público na direção dos três últimos filmes da série “Batman”.

Kapi, na verdade, acompanha de perto os circuitos alternativos de exibição de filmes em Campos.
— Durante muito tempo o Zé Amado, depois o Cinema no Palácio e o atual Cineclube Goitacá me amenizaram a sede de assistir a bons filmes — afirmou.

Na agenda

A próxima sessão do Cineclube, que acontece no dia 26, será dedicada ao documentário “O mistério do samba” (Idem, 2008), de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor, que retratam o cotidiano da comunidade de uma das mais tradicionais agremiações carnavalescas do Rio de Janeiro: a Portela. O filme ganhou os prêmios de Melhor Documentário e Melhor Montagem no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, em 2009.

O documentário, que começou a ser produzido pela cantora Marisa monte em 1998 e levou 10 anos para ficar pronto, será apresentando pelo pesquisador de cultura popular Marcelo Sampaio.

“O mistério do samba”, assim como “Um passaporte húngaro” e “Forró em Cambaíba” (Idem, 2013), do jornalista campista Vitor Menezes, exibido no último dia 12, fazem parte da terceira mostra organizada pelo Cineclube Goitacá, batizada “Cinema verdade”.

Talita Barros
Foto: Valmir Oliveira

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    BLOGS - MAIS LIDAS