Originalidade e intensidade são itens onipresentes nas criações do grupo El Efecto, que vem do Rio de Janeiro para lançar em Campos seu novo disco, “Pedras e Sonhos” (2012), num evento marcado para hoje à noite, ás 20h, no Clube Folha Seca. O terceiro álbum chega como um balanço dos anteriores, trazendo canções como, por exemplo: “O Encontro de Lampião com Eike Batista”; a que dá nome ao disco, “Pedras e Sonhos”; “Prelúdio em HD”; e “Os Assaltimbancos”. Esta é a terceira vez que a planície recebe um dos nomes contemporâneos mais conceituados em música original e viva.

“Pedras e Sonhos” pode ser baixado gratuitamente no site www.elefecto.com.br. Composta pelos integrantes: Tomás Rosati (percussão, clarinete e voz); Bruno Danton (guitarra, cavaquinho, trompete e voz); Eduardo Baker (baixo); Pablo Barroso (guitarra e voz) e Gustavo Loureiro (bateria), a banda mergulha num infinito universo de produção e traz à tona um recorte cultural precioso: tanto no que se refere à musicalidade e às letras, quanto às ideias e propostas de ações.

Com a música, o El Efecto estimula o envolvimento das pessoas em questões de interesse coletivo. As letras da banda são nitidamente resultado de uma interpretação crítica sobre as posturas individuais e coletivas. Por sair das classificações comuns no mundo musical, o grupo chegou a ser definido como “um conjunto de artistas na tentativa da ruptura.”. Temas que parecem mais interessantes para a El Efecto são, por exemplo, o embate entre os interesses da especulação e do grande capital e a luta dos movimentos por justiça social. “É desse debate público que queremos participar, junto a todos aqueles que cultivem um horizonte de transformação. Nossas angústias mais fortes são aquelas que se referem à relação da parte com o todo, do indivíduo com a sociedade; esse sentimento de convocação à responsabilidade, pela (re)produção das coisas como elas são.”, explica Tomás.

Depois de extasiar o público campista em um show em 2011 e em outro há alguns meses, o El Efecto preparou para a noite de hoje um set list irresistível, cheio de músicas novas, como a “Pedras e Sonhos”, uma das que estimulam a reflexão, sem rodeios: “Bota a cara lá fora e me conta o que o teu olho escolhe ver/ Olha pra dentro agora e lembra do que convém esquecer/ Corre porque aí vem ela/ Quem? Quem tem medo dela? (a ver-da-de)/ Vem pra te lembrar/ Tranca a porta e a janela./ Quem? Quem se esconde dela? (a ver-da-de)/ Sai da tua gaiola./ Me diz agora o que você vê (...)”, diz a letra.

O álbum “Pedras e Sonhos” é uma espécie de balanço entre “Cidade das Almas Adormecidas” (2008) e “Como Qualquer Outra Coisa” (2004). “Temos a impressão de que ele retoma algumas características do primeiro [Como Qualquer Outra Coisa], que talvez tenham ficado menos presentes no segundo - certo tom meio irônico ou paródico, uma atmosfera que não sabemos bem como definir. De qualquer forma, por ser um terceiro disco, parece que ele é mais reflexivo e dialoga mais com tudo aquilo que já compusemos. Mas as inquietações permanecem as mesmas.”. Para a produção da parte musical do novo disco, a banda conta que se inspirou, direta ou indiretamente, em nomes como: Luiz Gonzaga, Ozomalti, Karnak, Faith no More, Chico Buarque, The Clark Sisters, Igor Stravinsky, Ray Charles e Rage Against the Machine.

 

 

Fonte: Assessoria