Imóveis deteriorados de beira de rua preocupam em Campos
Dora Paula Paes 02/09/2023 08:08 - Atualizado em 02/09/2023 08:59
Rodrigo Silveira
Basta chover e a preocupação é com as fachadas de imóveis de beira de rua deterioradas e algumas sem escoras. O medo de um desabamento é grande por parte da população de Campos. Em ruas de grande movimento da área central é possível encontrar algumas dessas estruturas. Dá para citar a antiga padaria Minerva, na antiga rua Formosa, e o imóvel que por anos abrigou a antiga Empresa Municipal de Trânsito (Emut), na rua Marechal Deodoro, próximo ao Jardim São Benedito, uma área de muita circulação. Na rua Carlos de Lacerda, a fachada do Hotel Flávio, destruído pelo fogo, ainda está sem escoramento, interditando o trecho da rua, no entanto, sem evitar que a população se arrisque e passe ao lado do perigo.

O prédio da extinta Emut, por exemplo, por algum tempo ainda estava demarcado pela Defesa Civil Municipal, alertando. No momento, não há nenhuma indicação do perigo de passar pela calçada. No entanto, paredes estufadas e o reboco caindo são visíveis pelo menos para colocar medo em quem passa, o que parece não ser o caso.
Rodrigo Silveira

Esse casarão, em maio último, foi doado por 20 anos, através de Lei municipal, para o Lions Club de Campos e o Lions Club de Campos Tamandaré, entidades centenárias. Pela lei, os concessionários têm prazo de 12 meses para realizar intervenções no imóvel. A presidência do Lions Club Campos informou na manhã deste sábado (2), que aguarda a elaboração do contrato de comodato para assinaturas. "Após assinaturas, vamos obter a posse do imóvel", informa, acrescentando que projeto de recuperação já está em fase de elaboração.  
No imóvel onde funcionou a antiga padaria Minerva, na esquina entre a avenida Tententa Coronel Cardoso (antiga Formosa) com Barão de Miracema, a situação, aparentemente, também não é nada segura. O imóvel já perdeu o telhado e apenas as paredes estão de pé, mas só uma parte com escora. “É um pouco assustador se olhar direitinho. Na pressa, a gente passa e nem percebe o perigo ao lado”, diz Marco Antônio Gomes, eletricista.

Com escoramento - O prédio com mais de 30 anos, inacabado na rua 13 de Maio, na área do Centro antigo, é outra estrutura que chama atenção e recebeu escoramento metálico mais recente. No passado, a parte térrea já foi o endereço do antigo Banco do Labrador e da antiga Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) e, atualmente, ainda tem comércio em funcionamento. “Esse prédio pela condição já preocupou. Agora, recebeu escoramento e tela de proteção. As pessoas passam tranquilamente por baixo do escoramento, sem nenhum temor. Acho que se tivesse perigo a Defesa Civil já teria determinado alguma medida”, disse um comerciante do entorno.
Rodrigo Silveira
Até o fechamento da edição, a Defesa Civil Municipal não havia respondido à demanda. 
 
Situação do Hotel Flávio ainda sem solução
Em novembro completa um ano que o antigo Hotel Flávio, localizado na rua Carlos de Lacerda, no centro de Campos, foi destruído pelas chamas. Do imóvel a fachada ainda se mantém em pé sem escoramento e o trecho da rua interditado para veículos; nada que impeça que pedestres, ciclistas ou mesmo motociclistas se aventurem na área sem temer.
Rodrigo Silveira
A Prefeitura de Campos, através da Procuradoria Geral, da Fundação Jornalista Oswaldo Lima e do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico de Cultura de Campos dos Goytacazes (Coppam) nos útimos encontros com os herdeiros, eles não sinalizaram por entendimento e da Prefeitura já alertou que  deverá adotar medidas. 
Equipamento que pertence a Prefeitura de Campos, o Museu Olavo Cardoso é outro prédio que tem fachada que dá para a calçada da Avenida 7 de Setembro e o prédio apresenta deterioração.
Em junho passado, a Fundação Oswaldo Lima iniciou uma reforma, mas, pelo anexo. A última informação é que o prédio histórico aguarda a elaboração do projeto de sua reforma, contemplando todas as necessidades para sua restauração. Até o fechamento desta edição a Folha,por parte do município, não recebeu atualização dos dois casos. (D.P.P.)
Rodrigo Silveira

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