Vereadores arquivam CPI em Itaperuna
Aldir Sales 06/06/2018 10:49 - Atualizado em 06/06/2018 13:33
Sinei Toresmo
Sinei Toresmo / Divulgação
A polêmica reforma administrativa promovida pelo prefeito Dr. Marcus Vinícius (PR), em Itaperuna, no início do ano passado, ganhou um novo capítulo. O plenário da Câmara de Vereadores decidiu arquivar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a oposição conseguiu abrir para investigar o caso e que tramitava nas comissões internas da Casa. A suspeita de que Marcus Vinícius enviou uma proposta ao Legislativo e depois publicou, no Diário Oficial, um texto diferente também abriu uma investigação no Ministério Público, que pede a cassação do chefe do Executivo itaperunense.
De acordo com o vereador Sinei Torresmo (Podemos), autor do requerimento para a abertura da CPI, a Câmara contratou uma consultoria externa do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Iban), que emitiu um parecer de que o vereador Cazalito (PHS), irmão do vice-prefeito Rogerinho Bandole (Patri), não poderia votar para abrir a CPI por conflito de interesses.
— A Câmara é ligada ao prefeito. Foram fornecidas informações erradas para esta pesquisa. Nós não pedimos o afastamento do prefeito, queremos é investigar. Vamos entrar com um mandado de segurança na Justiça para que o voto do Cazalito seja considerado. Ele foi eleito pelo povo e tem que ser considerado — disse Torresmo.
A promotora Raquel Rosmaninho, responsável pela denúncia contra Dr. Marcus Vinícius, informou que foi instaurado um inquérito para apurar o fato. “Vamos ouvir a presidente da Câmara (Amanda da Aidê) que se prontificou a prestar esclarecimentos sem qualquer notificação, sem prejuízo de eventual vereador que manifeste desejo de ser ouvido”.
A equipe de reportagem tentou contato com a presidência da Câmara, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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