"Terráqueos" no Cineclube Goitacá
Jhonattan Reis 18/07/2017 17:56 - Atualizado em 21/07/2017 14:42
Cartaz de
Cartaz de "Terráqueos" / Divulgação
Cineclube Goitacá exibe, nesta quarta-feira (19) à noite, o filme “Terráqueos” (Earthlings, 2007), dirigido por Shaun Monson. A obra será apresentada pela jornalista e ativista dos direitos dos animais Thaís Tostes, que ainda leva para apresentação e debate o também ativista Antonio Diniz. A sessão começa às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, localizado à esquina das ruas Conselheiro Otaviano e Treze de Maio, no Centro de Campos. A entrada é gratuita.
“Terráqueos” é um documentário que relata a dependência e a exploração da humanidade sobre os animais, tanto para companhia (pet-shops, fábricas de filhotes e abrigos), alimentação (criação, abate), vestimentas (comércio de peles e couros), entretenimento (circos, rodeios, touradas) e pesquisa científica (experimentos científicos, testes de cosméticos). O filme mostra como funcionam as fazendas industriais e relata a dependência da humanidade sobre os animais.
Thaís explicou que escolheu “Terráqueos” por se tratar de um documentário antiespecista.
— Entendemos que dentro de um mundo que mantém um holocausto de animais, que é diário e legitimado pelos humanos, debater sobre os animais como sujeitos de direitos, como direitos à vida e à felicidade, por exemplo, é, no mínimo, essencial, urgente e base para que possamos pensar sobre a construção moral e ética do ser humano — disse ela, continuando:
— Pensar os animais como sujeitos de direitos não se trata de uma ideologia, mas sim do mínimo que podemos esperar da nossa configuração como humanos. É um documentário que denuncia a violência, a chacina, os extermínios em massa de animais que acontecem a cada segundo no planeta, pelas indústrias das carnes, leites, ovos, mel, vestuário, entretenimento, “esportes”, cosméticos e por grupos de testes em laboratórios de diferentes áreas.
Para a apresentadora da noite, “Terráqueos”, no entanto, ainda não mostra “nem 0,0001% do que os animais vêm sofrendo há centenas de anos nas mãos do ser humano”.
— Mas, sem dúvidas, ajuda a construir um histórico de registros da realidade cruel que o mundo vem mantendo. Documentários sobre direitos dos animais são raríssimos, assim como debates, porque essa esfera é blindada, já que a gente nunca consegue entrar com uma câmera em empresas que produzem alimentos feitos com animais ou investigar sobre mutilações de animais em testes feitos por empresas de maquiagens, pois tem um império de interesses por trás.
Thaís ainda comentou:
— Entendemos que o ser humano é completo quando ele é a favor tanto dos direitos humanos quanto dos direitos dos animais. Acabar com esse extermínio não é uma questão de “escolha partidária” e sim um dever global. Documentários como “Terráqueos” são tão raros quanto projetos de leis sobre direitos dos animais. Inclusive, convidamos o presidente do Partido Verde em Campos, Gustavo Matheus, para comparecer ao debate e falar sobre essas questões.
A ativista relatou, ainda, que o filme renderá um importante debate.
— Será uma apresentação e um debate mais em rede, sendo articulados por mim e por Antonio Diniz. O documentário é ótimo e todos vão dormir com pensamento diferente depois de vê-lo. A pancada moral que o filme proporciona com certeza dói menos do que as marteladas dadas nas cabeças de porcos e bois na indústria das carnes ou menos do que as injeções dadas em olhos de coelhos e cachorros na produção de batons e outros itens da vaidade.

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