Cabral condenado a mais 18 anos de prisão por corrupção
28/08/2019 21:22 - Atualizado em 04/09/2019 17:28
O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) foi condenado a mais 18 anos de prisão por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro com um grupo de concessionárias de veículos do Rio de Janeiro. A sentença, proferida na última terça-feira pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, foi divulgada nesta quarta-feira. O processo é um desdobramento da operação Lava Jato e representa a 11ª condenação de Cabral, cujas penas somam 234 anos.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Cabral e mais seis pessoas praticaram crimes de lavagem de dinheiro por intermédio do Grupo Dirija. O esquema envolveu cerca de R$ 8 milhões, dinheiro proveniente de corrupção na máquina do estado. Na sentença, Bretas considerou um fator agravante a posição política de poder que Cabral detinha à época como governador.
Em outro trecho da sentença, Bretas salienta que os crimes cometidos ajudaram a enfraquecer a economia do estado, levando a uma crise financeira sem precedentes. “Terríveis são as consequências dos crimes de corrupção pelos quais Sérgio Cabral é condenado, pois, além do prejuízo monetário causado aos cofres do e estado do Rio de Janeiro e da União, (...) frustrou os interesses da sociedade”.
Em depoimento a Bretas na última terça-feira, Sérgio Cabral voltou a citar o ex-governador Anthony Garotinho. Cabral admitiu pela primeira vez a existência da “taxa de oxigênio”, um esquema criminoso que cobrava propina no valor de 1% dos contratos na secretaria estadual de Obras. O emedebista relatou que, pelo que ouviu de Fernando Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta, o esquema já existia em governos anteriores ao seu. “Creio que sim pelo o que me dizia o Fernando Cavendish, que (disse que) ajudava (pagando propina) nos governos de Garotinho”. (A.N.)

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