Ao apresentar nesta quarta-feira (3), no Cineclube Goitacá, o filme “O Filho da Noiva” (2001), de Juan José Campanella, o advogado e publicitário Gustavo Oviedo salientou que após a exibição de dois filmes (“Elefante” e “A Queda — As Últimas Horas de Hitler”) com alta carga dramática caberia assistir uma comédia que contasse uma história leve e bem intimista.

Destacou também o trabalho dos atores Hector Altério e Norma Aleandro, que interpretam os pais do personagem de Ricardo Darín. “Eles estão sensacionais e roubam várias cenas do filme de Campanella. Aliás, são dois atores consagrados na Argentina. Quanto a Darín, também está muito à vontade, contudo não é uma grande interpretação. Mas, sem dúvida, é um grande ator”, acrescentou. “O Filho da Noiva” foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não foi premiado. Somente em 2009, Campanella obteria o Oscar com “O Segredo de Seus Olhos”.

Ao terminar a exibição — o filme foi bem aplaudido —, houve troca de ideias entre a plateia e o apresentador. A maioria lembrou cenas do filme que enternecem o espectador. O pesquisador cultural Marcelo Sampaio disse que “há uma dura crítica à igreja católica. No mais, é um filme leve e gostoso de ver”. Por fim, Oviedo lembrou que o diretor Campanella demonstra “extrema competência ao conduzir cenas com longos diálogos. Normalmente, a tendência é que fiquem chatas, mais isso foi evitado.”