Wladimir Garotinho no Folha no Ar
Catarine Barreto 05/04/2019 14:27 - Atualizado em 10/04/2019 15:32
Isaías Fernandes
A semana de entrevistas do programa Folha no Ar primeira edição, da rádio Folha FM 98,3, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 08h30, foi encerrada com o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD). O desempenho do seu primeiro mandato de deputado federal, a gestão da sua mãe, a ex-prefeita Rosinha Garotinho, o atual governo do prefeito Rafael Diniz (PPS) e o pleito de 2020 foram pontos abordados nesta manhã. Além disso, a retomada das obras do Shopping Popular Michel Haddad e a entrega da Escola Municipal Augusto Machado Viana na Codin, que beneficiará mais de 200 crianças do bairro, também foram assuntos discutidos.
“A obra no camelódromo é uma obra muito importante e simbólica. Se eu não estiver enganado, está entre 60% a 70 % concluída, ou seja, está bastante avançada. Só lamentamos começar agora, pois é uma obra que já poderia estar pronta há bastante tempo, pois não falta um aporte de recursos tão grande assim. Essa escola também já estava com uma obra bastante avançada e o prefeito Rafael Diniz está entregando agora. Eu costumo dizer que o prefeito precisa começar o governo dele, pois ainda não começou, pois tudo que ele consegue entregar ou retomar são obras da gestão passada, por isso sou crítico ao governo dele, que não mostrou para o que veio, tanto que sua rejeição gira em torno de 80%”, disse o deputado.
Sobre a gestão da sua mãe, Wladimir citou algumas dificuldades que ela teria encontrado durante seu governo. “A partir de 2014, com ênfase em 2015, a queda do barril de petróleo foi vertiginosa e muito rápida. Então, não dava para se preparar para aquilo que não foi uma onda, mas, sim, um tsunami. O barril que valia 127, 128 dólares, caiu para 27 o valor. Não tem como você prever uma queda desse tamanho e poder se adaptar tão rápido. Mas, mesmo com o momento difícil, nós conseguimos, mesmo perdendo um orçamento projetado em um bilhão durante todo o ano, nós conseguimos manter os serviços básicos da cidade. E eu vou afirmar uma frase dita pelo novo secretário de saúde Dr. Abdu Neme; Ninguém fez e talvez fará por Campos o que Rosinha fez no primeiro mandado dela”.
O deputado destacou, ainda, que o nome do grupo para uma possível candidatura para a Prefeitura seria sua mãe. “Nós vamos trabalhar e se a Rosinha puder ser candidata, a candidata será ela. O nome que une nosso grupo é a Rosinha. Se nós conseguirmos reverter à situação dela, a candidata é ela, e que isso fique claro. Se Rosinha puder ser candidata nosso grupo vai juntar os esforços para a candidata ser ela e eu acho que ganha no primeiro turno, pelo menos a minha visão pessoal é essa”, enfatizou.
Ele falou sobre uma foto postada pelos deputados estaduais Gil Vianna (PSL), João Peixoto (DC) e Rodrigo Bacellar (SD) durante sessão da Alerj. Mas o bloco, que envolveria também Caio Vianna (PDT), pode se desmanchar antes mesmo de começar, pois João Peixoto conversa para dar seu apoio ao governo Rafael.
— É o “e vem” que está indo. É algo natural, pois falta aí um ano e meio para o pleito, as movimentações nos tabuleiros são normais e válidas, mas tem muita coisa pra acontecer, muitas conversas e até lá não sabemos o que pode acontecer. Eu também estou dialogando com pessoas que estão no “E vem”. Então, diálogo faz parte, é saudável e tem muita coisa pra acontecer ainda — salientou.
Questionado sobre sua possível candidatura para a Prefeitura de Campos, ele reafirmou: “Como eu disse, eu não sou candidato a prefeito por ser candidato a prefeito e nem sei se serei. Eu acho que o projeto antecede ao nome. Nós estamos conversando com outras forças políticas, o que é normal para montar um projeto para Campos e desse projeto para a cidade vai surgir um nome, que pode ser o meu ou qualquer outro, pois eu não acredito em uma eleição sem projeto”, disse.
Com relação à projeção para a disputa para prefeito em 2020, que possa contar com dois turnos, Wladimir Garotinho explicou sobre a disputa entre a situação e oposição. “É muito cedo para isso. Eu acho que isso pode acontecer, salvo aconteça alguma coisa muito fora da curva, então, acho que isso pode acontecer. Isso pode ser uma disputa interessante do que eu tenho na minha família uma trajetória na cidade com erros e acertos e estou aqui para tentar aperfeiçoar os erros por ser uma geração diferente com pensamentos diferente. Então estou estudando e trabalhando muito e devemos estar preparados para o que vier pela frente e pra isso precisamos saber o que o povo quer e se for desejo do povo o enfrentamento de segundo turno aqui em Campos eu acho bom e vamos poder comparar muitas coisas”.
Wladimir falou também sobre Dr. Edson Batista, antigo aliado do grupo de Garotinho e que foi para o governo de Rafael Diniz. “Eu não tenho nada contra a figura dele, acho que ele teve que escolher um motivo para poder romper e escolheu colocar a culpa em mim, sem eu nem saber o porquê e espero que seja feliz”, falou.
Além dos assuntos locais, Wladimir falou sobre o pleito em São João da Barra, no qual um nome vem crescendo, Bruno Dauaire. “Da mesma forma que não me coloco como candidato a prefeito daqui, pois quero cumprir meu mandado como deputado federal, o Bruno tem a mesma visão. As coisas vão acontecendo com o tempo. Se a atual prefeita não puder se candidata, eu acho que o Bruno é um caminho natural e bom. Se Bruno tiver isso no coração dele, e se Carla não puder disputar, será algo bom, pois o vejo como um bom parlamentar”, finalizou.

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