PRP critica postura de Wladimir
Suzy Monteiro 28/02/2019 20:28 - Atualizado em 03/03/2019 15:22
A mudança de partido do deputado federal Wladimir Garotinho, que começou a ser comentada logo após a eleição de outubro, não agradou ao pessoal da legenda que o abrigou e pelo qual ele foi eleito. A direção regional do PRP só soube que ele assinaria com o PSD de Gilberto Kassab, através da imprensa. Através de postagem em rede social, quarta-feira, o vice-presidente regional do PRP, Demerval Casemiro, não economizou nas críticas sobre a postura de Wladimir e de seu pai, o ex-governador Anthony Garotinho: “(pai e filho) passam por cima da idoneidade e fidelidade de quem quer que seja para satisfazer seu sadismo e egocentrismo”, disse. Já o deputado Wladimir preferiu não comentar o assunto.
Em postagem no Facebook, onde marcou Wladimir, o vice-presidente afirmou que está acompanhando na mídia os rumores de que o parlamentar está de saída e a caminho de outra legenda. “Quero registrar que o PRP abriu as portas para a família Garotinho, com uma certa resistência interna mas acreditando no projeto. Se as notícias da imprensa se confirmarem, irão atestar o eivado caráter do velho morubixaba e seu assecla que para alcançar suas metas pessoais usam de todos os artifícios e passam por cima da idoneidade e fidelidade de quem quer que seja para satisfazer seu sadismo e egocentrismo. Gostaria de estar surpreso, mas parece que é modus operandi da família, é o jeito Anthony Garotinho de se relacionar”.
Logo após ser eleito, em outubro de 2018, começaram os boatos de que Wladimir Garotinho deixaria o PRP sob a justificativa de que o partido não atingiria a cláusula de barreira, perdendo, assim, o fundo partidário.
Em dezembro, o PRP e o Patriota anunciaram a fusão entre as duas legendas. O objetivo da nova sigla, que herdará o nome “Patriota”, é cumprir a cláusula de barreira e, assim, ter direto a verba do fundo partidário. No total, o partido terá um senador (Jorge Kajuru, eleito por Goiás) e nove deputados federais. Caso Wladimir saia mesmo, serão oito deputados.
Em janeiro, o deputado confirmou que recebeu um convite oficial do governador Wilson Witzel (PSC) para trocar o PRP pelo PSC. Porém, no início de fevereiro, o governador negou que a família Garotinho faria parte de seu governo. Dias depois, o ex-governador Garotinho afirmou, em rede social, que será candidato à sucessão do governador.
Semana passada, a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmou que Wladimir irá para o PSD, do ex-prefeito de São Paulo, e investigado pela Lava Jato, Gilberto Kassab.
A assinatura ocorreria na terça-feira, mas, até agora, a mudança de legenda não se confirmou.

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