Jarédio encaminhado para presídio
13/02/2019 23:22 - Atualizado em 15/02/2019 19:01
Vereador Jarédio chega à 134ª DP / Foto: Filipe Lemos / Campos 24 horas
Vereador Jarédio chega à 134ª DP / Foto: Filipe Lemos / Campos 24 horas
Preso no final da tarde da última terça-feira, o vereador de São Francisco de Itabapoana Jarédio Azevedo (SD) passou a noite na 134ª Delegacia do Centro de Campos e, logo pela manhã desta quarta-feira, foi transferido para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca, também em Campos, segundo a Polícia Civil. O parlamentar é acusado pelo Ministério Público (MP) da prática dos crimes de corrupção e coação de testemunhas. Também foi preso na terça Wagner Marins Gomes, que seria ex-assessor do parlamentar. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz de SFI, Alexandre Rodrigues de Oliveira.
A decisão tem relação com o processo no qual Mateus Barreto Azevedo, irmão de Jarédio, é acusado pelo homicídio Sérgio Roberto Balbino de Souza, que foi assassinado no final de setembro de 2016, nas proximidades de um comício, na área central do município. Mateus continua preso. De acordo com a nova decisão judicial, “há fortes indícios de que os denunciados (Jarédio e Wagner) tentaram coagir e subornar as testemunhas do processo”.
Jarédio chegou a ter a prisão decretada, em processo eleitoral, no ano passado. No entanto, a medida restritiva foi revogada antes de ele ser encontrado. Neste outro processo, o vereador é acusado de compra de votos e falsificação de documentos na prestação de contas da campanha de 2016. Porém, um vídeo apresentado à Justiça mostra o advogado do réu em contato com uma das testemunhas do processo. Segundo o MP, ele a induziu a prestar depoimento. Uma das medidas cautelares impostas a Jarédio o proibia de contato direto ou indireto com as testemunhas da ação. No caso, o diálogo do advogado com a testemunha é enquadrado como contato indireto.
O vereador também foi afastado do cargo e ficou foragido da Justiça por quatro meses. Neste tempo, o parlamentar do SD continuou recebendo o salário da Câmara. No entanto, no dia 4 de dezembro do ano passado, as duas restrições foram revogadas. No retorno à Câmara, em articulações nos bastidores, quase foi eleito presidente. No entanto, a sessão em que ele foi colocado como candidato à presidência da Casa, não chegou a acontecer. (A.N.A) (A.S.)

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