Gil Vianna eleito como líder do PSL
Suzy Monteiro 05/02/2019 23:36 - Atualizado em 07/02/2019 15:08
O deputado estadual Gil Vianna é o novo líder do PSL na Assembleia Legislativa do Estado. A eleição entre os parlamentares da bancada aconteceu na tarde desta terça-feira. Único dos 12 da bancada com experiência no Legislativo e de perfil conciliador, Gil Vianna superou os deputados Anderson Moraes e Alexandre Knoploch, até então cotados para o cargo.
Porém, com um racha interno ainda mais evidenciado durante a eleição para a presidência da Alerj, os outros nomes foram perdendo força.
— Nunca tive a pretensão de ser líder, até porque moro distante da capital. Mas, diante dos últimos acontecimentos e por eu ser o mais experiente, acabei sendo eleito. Agora, é trabalhar muito. Será uma missão árdua, até pelo fato de ser uma bancada com 12 deputados. Mas é, também, uma missão importante que irei cumprir — afirmou o deputado por telefone.
A eleição para a presidência da Alerj, ocorrida sábado, não agradou ao grupo do presidente Jair Bolsonaro. Pelas redes sociais, um de seus filhos, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), criticou os sete deputados estaduais do PSL – entre eles Gil Vianna – que se abstiveram e não votaram contra a candidatura do petista André Ceciliano. Toda a articulação dos parlamentares do partido foi feita pelo irmão de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL).
Em entrevista à Folha, publicada na edição desta terça, Gil Vianna pregou a harmonia na Casa Legislativa.
— A abstenção foi combinada entre os deputados do partido lá atrás, mas, infelizmente, alguns foram contra a orientação do partido. Mas tranquilo, já que não muda em nada. Estamos iniciando uma nova legislatura e precisamos de harmonia na Alerj — declarou o campista.
Além de Gil, também votaram pela abstenção os deputados do PSL Alexandre Knoploch, Coronel Salema, Doutor Serginho, Gustavo Schmidt, Márcio do seu Dino e Rodrigo Amorim. Contrários à candidatura de Ceciliano foram Alana Passos, Anderson Moraes, Filippe Poubel, Márcio Gualberto e Renato Zaca.
— Eu não sou do PSL, mas me pergunto: O que leva um deputado estadual do PSL que se elegeu graças a Jair Bolsonaro a se abster na votação da presidência da Alerj tendo uma eleição de chapa única do PT? Qualquer um que tenha bom senso sabe a resposta. Sem novidades! — declarou Carlos Bolsonaro no Twitter.
Com 12 deputados, o PSL tem a maior bancada da Alerj, mas a divisão dentro do partido impediu a formação de uma candidatura de oposição a Ceciliano, uma vez que eram necessários 13 deputados para formar a mesa diretora. Agora, uma das missões de Gil será manter a união do grupo.
Histórico - O deputado foi vereador em Campos e, no ano de 2016, compôs, pelo PSB, a chapa derrotada de Caio Vianna (PDT) à Prefeitura.
Ele chegou à Assembleia como suplente do reeleito Jair Bittencourt (PP) e assumiu o mandato quando o colega se licenciou para trabalhar no primeiro escalão de Luiz Fernando Pezão (MDB). Filiou-se ao PSL ano passado.

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