CPI da Saúde está emperrada na Câmara de Vereadores
29/01/2019 22:46 - Atualizado em 31/01/2019 15:16
Depois de inúmeras denúncias no ano passado, a bancada de oposição propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Macaé para investigar diversos problemas relatados pela população e encontrados pela Comissão de Saúde da Casa. No entanto, os vereadores têm encontrado dificuldade para dar prosseguimento ao procedimento por causa da bancada de apoio ao prefeito Dr. Aluízio (sem partido) – que já acumulou a função de secretário de Saúde.
Autor da proposta de CPI, o líder da oposição no Legislativo macaense, vereador Maxwell Vaz (SD), disse que as denúncias que têm chegado ao Legislativo são inúmeras e precisam ser explicadas.
Na última semana, a Prefeitura de Macaé divulgou que o município aparece entre os que mais gasta na área da Saúde no Estado do Rio de Janeiro, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). No entanto, no dia a dia, a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores tem constatado outra realidade. Em uma inspeção realizada no começo do mês, os integrantes do órgão visitaram unidades na região serrana do município. Além de problemas estruturais, os parlamentares disseram que os postos estão com serviços limitados por falta de materiais e equipamentos básicos para emergência e consultas.
Segundo a Prefeitura, foram gastos R$ 1.638,56 por habitante em 2017, um valor quatro vezes maior que a média nacional per capita/ano, dessa faixa populacional (100 a 500 mil), que é de R$ 389,45.
No entanto, no primeiro local visitado em 2019, na Unidade Mista de Saúde do Sana, o vereador Márcio Bittencourt (MDB) constatou que o imóvel não possui refrigeração e muitos atendimentos são cancelados em dias quentes. Apesar de haver salas adaptadas para atendimentos de urgência, não há desfibrilador e nem equipamento para eletrocardiograma. Algumas paredes estão com infiltração e a rede elétrica apresenta avarias.
A unidade funciona 24 horas, mas, segundo o parlamentar, a ambulância não está adaptada para ser uma UTI móvel, além de ter vidros quebrados e vazamentos. (A.S.) (A.N.)

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