Bolsonaro minimiza denúncia contra Onyx
06/12/2018 10:29 - Atualizado em 07/12/2018 17:31
José Cruz/Agência Brasil
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), comentou, nessa quarta-feira (5), as denúncias contra seu ministro extraordinário da transição e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). Bolsonaro disse que poderá “usar sua caneta Bic” caso haja comprovação ou denúncia robusta de irregularidade contra algum integrante de seu governo. A resposta foi dada após questionamentos sobre a situação de Onyx, que já admitiu caixa dois e tem um procedimento aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar sua conduta. Também nessa quarta, o presidente disse que o senador Magno Malta (PR) não terá ministério no futuro governo.
— Uma vez que seja comprovado que houve a ilicitude, é óbvio que o ministro Onyx terá que se retirar do governo, mas, por enquanto, é a investigação, e ele prossegue aí com as tarefas dele. Nada mais do que isso — disse Bolsonaro.
Segunda-feira, o ministro do STF, Edson Fachin, determinou a abertura de um processo para apurar o pagamento de caixa dois do grupo J&F, dono da JBS, para Onyx. Os delatores relataram dois repasses: um de R$ 100 mil, em 2014, e outro de R$ 100 mil, em 2012. O primeiro já foi admitido pelo futuro ministro, mas ele nega o recebimento de 2012.
Trava — Sobre Malta, Bolsonaro afirmou que as portas do governo estão abertas para ele: “A questão de um possível ministério, não achamos adequado no momento, mas ele pode estar do meu lado, sim, nunca foram fechadas as portas para ele. E ele pode servir a pátria estando do meu lado ou em outra função”, disse. Uma espécie de “trava” foi colocada, também, no seu vice, general Hamilton Mourão. Ele foi recomendado a adotar postura mais discreta. (S.M.) (A.N.)

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