No município de Italva, Noroeste Fluminense, a disputa pela Prefeitura foi parar na Justiça Eleitoral, e a prefeita Margareth do Joelson, condenada em primeira e segunda instância, terá que deixar o cargo. Agora, a briga é pela presidência da Câmara de Vereadores. Esta semana, o atual vice-presidente do Legislativo, Alcirley Lima (PRP), denunciou ao Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil (PC) suposto esquema de compra de votos envolvendo vereadores e empresários da cidade. O objetivo seria influenciar votos em favor do atual presidente, Claudinei Melo (PP), que decidiu disputar a reeleição. O valor chegaria até a R$ 100 mil. A Folha tentou, mas não conseguiu contato com Claudinei ou com a Câmara.

Na Sessão da Câmara de Italva, dia 16 de outubro, o vereador Alcirley apresentou a chapa para a eleição da Mesa Diretora para o próximo biênio, 2019/2020. Os sete vereadores presentes se pronunciaram e confirmaram apoio à chapa, cuja eleição estava prevista para ocorrer entre 1o e 15 de dezembro.

Segundo informações, o atual presidente, Claudinei, teria afirmado que não concorreria à reeleição e apoiaria seu vice, que formou chapa com os vereadores Jocimar Fio (PSB), Binho da Água (PT do B), Zeca do Esporte (PC do B) e Antonio Elias (PSC). Desde então, segundo Alcirley, começaram boatos de que empresários teriam oferecido dinheiro para que dois ou três vereadores mudassem o voto.

O Legislativo tem ao todo nove vereadores. Para conquistar a presidência são necessários, segundo informações, cinco votos. O atual presidente teria três inclinados a votar — Gerlindo Motoka (PP), Joel Enfermeiro (PDT) e Wilson Nogueira (SD).

Com o afastamento da prefeita, que já teve Embargos de Declaração negados e pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora do cargo, quem assumirá a Prefeitura será o presidente da Câmara até a eleição suplementar.