Foi inaugurada na tarde desta terça-feira (13), na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros no dia 14 de março deste ano. O evento foi marcado por poesia e arte, além de diversos pronunciamentos que ressaltaram a importância do trabalho desenvolvido por Marielle na luta pelos Direitos Humanos. Participaram professores e alunos da Uenf, do Instituto Federal Fluminense (IFF), da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de categorias sindicais.
Placa foi inaugurada na Uenf
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Isaías Fernandes
A estudante do terceiro período do curso de ciências sociais da Uff, Natália dos Santos, de 24 anos, disse que resolveu prestigiar a homenagem por acompanhar a trajetória política de Marielle e, como mulher negra, também se sentir comovida pelo assassinato que considera ter sido político. “A morte dela foi política e acho que serviu para levantar um grito de voz das mulheres e do movimento negro que estava disperso”, disse.
A placa foi inaugurada pela presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf), Luciene Soares da Silva. O espaço é aberto à comunidade para visitações e troca de ideias sobre Marielle. Para Luciene, a execução da vereadora – que qualificou como mulher negra, moradora de favela e eleita democraticamente pelo povo – torna a discussão sobre raça e a condição de ser mulher ainda mais evidente.
— O professor Rafael Vieira, da Uff, nos presenteou com a placa, que inicialmente seria privada. No entanto, achei por bem torná-la pública na cidade de Campos. Amanhã (quarta-feira) completa sete meses de um assassinato sem explicação, tanto dela quanto de Anderson, em uma esquina bastante movimentada do Rio de Janeiro. Resolvemos marcar essa tarde com poesia e arte e comemoração, porque Marielle não era triste. Assim, honramos a memória dela, que também era socióloga e professora, dentro de uma universidade na luta pela democracia — disse.
Marielle Franco (PSOL) foi assassinada no Buraco do Lume, no Centro do Rio, juntamente com o motorista Anderson Pedro Mathias Gomes. Ainda sem culpados, o crime segue em linha de investigação de que os assassinatos se tratam de uma execução.
