Missa em ação de graças pelos 40 anos da Folha da Manhã
Jane Ribeiro 08/01/2018 21:55 - Atualizado em 10/01/2018 17:00
São 40 anos e milhares de edições. A Folha da Manhã chega ao seu aniversário celebrando uma missa em ação de graças com o leitor como personagem principal da festa. As comemorações contaram com a presença dos diretores, funcionários, amigos e leitores. A missa foi celebrada, nesta segunda-feira,  na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, pelo bispo da Associação Apostólica São João Maria Vianney, Dom Fernando Riffan, e o padre Murialdo Gasparet, que antes celebrou também o batizado de Valentina, filha do diretor-financeiro do Grupo Folha, Christiano e Julie Gomes Abreu Barbosa.
A diretora-presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, acompanhada dos filhos Aluysio e Christiano Abreu Barbosa, agradeceu a presença dos convidados e lembrou dos que ajudaram a construir o grupo, em especial o fundador Aluysio Cardoso Barbosa (in memorian).
— A Folha tem muitas histórias para contar. Participamos de muitas idas e vindas. Lutando pelo desenvolvimento, por parâmetros novos. A Folha lutou pelos royalties. Então, são 40 anos de muitas histórias e representa uma âncora no desenvolvimento regional e isso é o mais importante papel do Grupo Folha — disse Diva.
Políticos de Campos e região, como o prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS); a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (PTN); e vice-prefeito de São Francisco de Itabapoana, Cláudio Henriques, que representou a prefeita Francimara Barbosa Lemos (PSB), além de empresários e colaboradores da Folha, compareceram à celebração.
— É uma honra muito grande participar das homenagens dos 40 anos da Folha. Aluysio deu uma contribuição muito grande, não só como jornalista, mas também como homem público para o desenvolvimento de Campos e região. Eu, ele, David Linhares e Esdras Pereira, nós iniciamos o processo que resultou na concessão dos royalties do petróleo. Uma honra muito grande em voltar a Campos hoje para essa festa — ressaltou o engenheiro e ex-deputado federal Ricardo Maranhão.
O prefeito Rafael Diniz também parabenizou o trabalho. “É um prazer estar aqui prestigiando o maior meio de comunicação do interior do Rio de Janeiro. A gente fica pensando nos próximos 40 anos da Folha. O jornal é o reflexo da família que eles têm, bonita e unida. Parabéns ao grupo e também aos funcionários que sabem fazer o papel da imprensa com ética e seriedade”, declarou.
No encerramento, houve uma homenagem a Diva Abreu Barbosa. Antes de falecer, o Sr. Aluysio Barbosa gravou a música “Pra Você”, que deixou Diva e toda a família emocionada. Após a missa, os convidados foram recepcionados com uma grande queima de fogos.
DEPOIMENTOS
Roteirista Paula Gicovati
Roteirista Paula Gicovati / Arquivo Pessoal
Gratidão a quem abriu as portas
A Folha da Manhã é essencial na minha formação. Antes de entrar na faculdade eu fiz um estágio na redação do jornal e lá eles me ouviam, davam atenção para as minhas dúvidas e meus pitacos de foca, me deixavam trabalhar. A alegria que eu tinha ao ler meu nome nas matérias que eu assinava era indescritível. Nunca esqueço de um dia que eu pedi para Aluysio Abreu Barbosa me deixar escrever sobre a Parada LGBT do Rio de Janeiro. Uma estagiária cheia de ideias e uma máquina digital. Ele disse que eu podia fazer, e que se fosse boa o bastante ele me daria a capa da Folha 2. Lá fui eu para o Rio, para a avenida Nossa Senhora de Copacabana com um bloquinho, uma caneta e minha vontade de mostrar para o mundo o quanto aquela manifestação era importante, de resistência.
Digitei a matéria no Rio, do computador da minha irmã, e mandei no mesmo dia. Ele não respondeu, fiquei num baita suspense, mas na segunda-feira estava lá, a capa com a minha matéria e as minhas fotos, meu nome embaixo como jornalista. O orgulho foi enorme, definidor. Minhas palavras tinham um lugar, importavam! Logo depois ele me chamou em sua sala para finalmente dizer o que achou. Disse que tinha gostado muito, e que se eu quisesse, me efetivava, mas entendia se eu quisesse correr o mundo. E assim o fiz. Fiz letras, me tornei roteirista e escritora, mas tudo começou ali, naquela redação, nas reuniões de pauta, no contato com uma família incrível e jornalistas que eu admiro e que me ensinaram muito.
Obrigada, Folha.
Paula Gicovate — Ex-estagiária da Folha 2 e roteirista da rede Globo
Jornalista Júlia Maria
Jornalista Júlia Maria / Arquivo Pessoal
Folha como escola da lida e da vida
Não tem como fugir do clichê: a Folha é uma grande escola. Da lida e da vida. Minha primeira vez na redação da Folha já conta quase três décadas e nunca vou esquecer aquela sensação de que tinha encontrado meu lugar. Ainda estudante, começando a conhecer na teoria o que era ser jornalista, foi ali que entendi de fato o sentido da profissão que tinha escolhido desde criança. Eu não via a hora de fazer parte daquela engrenagem. Havia toda a agitação típica de redação de jornal, que pode até parecer um tanto confusa quando se vê de fora, mas não tive receio algum. Apenas a vontade de pertencer. E me senti em casa.
Tive muitas idas e vindas da Folha, porque dediquei também parte da minha carreira à assessoria de imprensa, que é onde atuo hoje. E cada vez que retornava eram novos desafios, novas histórias, novos amigos. Vi as máquinas de escrever serem substituídas pelos computadores, a chegada da internet, o fim do past-up. Editei no Pagemaker, depois no InDesign — mas nunca perdi a paixão de ser repórter. Aprendi, ensinei, fiz os melhores e os piores textos da minha vida. Acertei e errei. Briguei e fiz as pazes. Amadureci.
E foi na Folha que tive o privilégio de conviver com uma das pessoas mais extraordinárias que conheci em toda a minha vida: devo a seu Aluysio muito do que sei e do que sou. Vieram dele as mais caras lições sobre técnica e sobre ética. A ele serei sempre grata. A Aluysio, seu filho, estendo a gratidão, por todas as oportunidades, pela confiança e pela amizade.
Já faz alguns anos da minha última estada na Folha, mas a redação continua e vai continuar sendo minha casa. Fazer parte ou não da equipe em momentos específicos da minha jornada é só um detalhe. Aquela sensação de pertencer, lá do começo da história, nunca mudou.
Júlia Maria — Jornalista

ÚLTIMAS NOTÍCIAS