Protestos interditam vias de Campos
Julia Beraldi e Jéssica Felipe 10/01/2018 15:17 - Atualizado em 11/01/2018 17:12
  • Protesto em Travessão

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  • Protesto em Travessão

    Protesto em Travessão

  • Protesto em Venda Nova

    Protesto em Venda Nova

Dois protestos interditaram vias do município nesta quarta-feira (10). O primeiro aconteceu durante a manhã, na estrada de Venda Nova, quando moradores atearam fogo em pneus e galhos contra a falta de médicos na UBS da localidade. Já durante à tarde, moradores do conjunto habitacional de Travessão voltaram a bloquear a BR 101, na altura da localidade do km 16, contra a falta de água.
De acordo com a Polícia Militar, que esteve no local, em Venda Nova, cerca de 15 pessoas participaram do ato, que aconteceu em frente ao Posto de Saúde da localidade e foi pacífico, durando pouco mais de meia hora. O Corpo de Bombeiros também foi acionado.
Contatada pela equipe da Folha 1, a Prefeitura de Campos informou que a UBS de Venda Nova conta com o Programa Estratégia Saúde da Família (ESF) e que a secretaria de Saúde vem realizando readequações entre os profissionais das unidades buscando garantir atendimento de maior qualidade a toda população. "O objetivo é distribuir regionalmente o atendimento especializado (consultas e exames) para atender a uma demanda referenciada. Novos profissionais estão sendo definidos para atendimento no local e a população da região de Venda Nova pode contar, também, com o atendimento médico através da Unidade Básica de Saúde de Cambaíba", disse em nota.
Segundo os moradores de Travessão, a situação não é recente e envolve a compra e instalação de uma bomba, que foi prometida para esta quarta-feira. A Emhab (Empresa Municipal de Habitação) esteve no local e tentou negociar um novo acordo.
Débora Cristina, 36 anos, relatou que o local está sem água com condições de uso há cinco meses. “Depois da última manifestação que fizemos, a Prefeitura prometeu resolver a situação, disse que era para a gente aguardar até dia 10 para colocarem a bomba. Enquanto isso, estavam mandando caminhão de água. Só que hoje (quarta-feira) a água veio seja. Isso não é água para usar. Não queremos mais o caminhão, queremos a bomba”, colocou a moradora.
O vice-presidente da Emhab, Vitor Montalvão esteve no local e conversou com os populares. Vitor justificou que “a bomba foi comprada nesta quarta e que houve atrasado porque o recurso só foi liberado esta semana”. Ele disse, ainda, que um caminhão pipa está abastecendo a comunidade duas vezes ao dia desde o último dia 30. O vice-presidente prometeu averiguar com a empresa terceirizada, responsável pelo abastecimento, o que houve com o último caminhão que, segundo os moradores, trouxe a água imprópria para uso.
Em nota, o presidente da Emhab, José Amaro Almeida, disse que, no conjunto habitacional, que possui aproximadamente 100 casas, as providências já estão sendo tomadas. "A Emhab está concluindo os trabalhos de instalação de uma nova bomba para garantir a melhoria do abastecimento da comunidade, além de resolver problemas gerados por ligações clandestinas. Enquanto este trabalho não é concluído, a Emhab segue enviando caminhões-pipa para atender a comunidade". Já sobre a qualidade da água, a empresa informou que vai apurar a reclamação.
Antes da BR ter sido liberada a Emhab providenciou um novo caminhão com água potável para o local. Sobre a data de instalação da bomba, o responsável não soube informar uma previsão. Equipes da Polícia Militar, concessionária Autopista Fluminense e Grupamento Especial da Guarda Civil Municipal estiveram no local para conter os manifestantes e auxiliar o trânsito.
A Águas do Paraíba se posicionou sobre o assunto através de nota.
"Não há na base de dados do sistema da concessionaria reclamações de clientes de Águas do Paraíba sobre problemas de abastecimento de água naquela área.
Mobilizado para verificação no local, supervisor da empresa constatou que o problema é no Conjunto Habitacional Fazenda Boa Vista 1, que não é de responsabilidade da concessionária.
Águas do Paraíba está em contato e à disposição da Empresa Municipal de Habitação e Saneamento (EMHAB) para colaborar na busca de solução ou alternativas, mesmo não estando sob sua responsabilidade contratual", finalizou. 

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