Ação social melhora sorrisos
Paula Vigneron 12/12/2017 22:00 - Atualizado em 14/12/2017 16:04
“Vai sair bonito hoje, hein? Vai dar um sorriso colgate”. A frase foi dita ao primeiro paciente campista atendido pelo Projeto 32, originado do Projeto Amazonas. O trabalho foi idealizado pelo dentista Manoel Eduardo de Lima Machado, professor de odontologia da Universidade de São Paulo (USP). O projeto chegou a Campos nesta terça-feira, com uma ação realizada na Escola Municipal Ary Batista Rangel, no Parque Nova Canaã, em Guarus. Os atendimentos também serão feitos nesta quarta-feira, a partir das 9h. Os pacientes assistidos pela iniciativa passaram por uma pré-triagem para consultas de tratamento endodôntico (ou tratamento de canal).
Segundo Machado, o projeto oferece atendimento gratuito, com profissionais especializados e técnicas inovadoras utilizadas para tratamentos mais curtos. Adolescentes e adultos são o público-alvo do Projeto 32. Foram feitas restaurações dentárias e reabilitação dos pacientes. O professor explicou que a ideia é começar o trabalho em Campos, como existe na Amazônia, e, ao longo do tempo, expandi-lo para os demais campistas e aperfeiçoá-lo.
— O Projeto 32 usa novas tecnologias para que a gente possa realizar um tratamento de alta excelência a um custo mais baixo e em um período de tempo menor. Essa é a grande vantagem. O projeto faz questão de trabalhar em condições quase precárias para mostrar que, se você aplica essa metodologia, aqui, com sucesso e alta qualidade, você pode aplicar no seu consultório. E também é uma ação motivadora aos serviços de saúde da comunidade, do Estado, da Prefeitura, da Federação, para que eles possam utilizar métodos como esse e ter uma melhor relação custo-benefício — comentou Machado.
Dados do Instituto do Coração (Incor), de acordo com o profissional, comprovaram que 36% das mortes causadas por problemas cardíacos se originam a partir de infecções dentais. “Hoje, nós temos casos de AVC, que são comprovados de infecção dentária, e de aumento das taxas de arteriosclerose. Não é uma mensagem de pânico. Isso acontece em uma porcentagem muito baixa, mas é um alerta de não se negociar com infecção”, disse.

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