Dia Nacional da Economia Solidária com evento na praça
Paula Vigneron 15/12/2017 14:58 - Atualizado em 16/12/2017 14:29
Feira de Economia Solidária na praça
Feira de Economia Solidária na praça / Antônio Leudo
Em comemoração ao Dia Nacional da Economia Solidária, a praça do Santíssimo Salvador foi palco do 4º Festival de Economia Solidária, iniciado na manhã dessa quinta-feira (14). Ao longo desta sexta (15), os campistas que passarem pelo espaço tiveram a oportunidade de acompanhar oficinas, debates e programação cultural. O evento é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Campos, Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (Itep-Uenf), EcoAnzol e Cata-Sol.
Feira de Economia Solidária na praça
Feira de Economia Solidária na praça / Antônio Leudo
Membro da Itep e coordenadora do Fórum de Economia Solidária de Campos, Nilza Franco explicou que o evento não é só um momento de comercialização, mas também político, artístico e cultural. Para ela, o festival é uma ocasião especial da política de economia solidária e de seus trabalhadores. Uma das principais atividades desta manhã foi a assinatura do contrato do programa Microcrédito com Aval Solidário.
— Os trabalhadores da economia solidária são frágeis para ir buscar crédito. Muitas vezes, eles não conseguem acessar o microcrédito que já tem aí porque precisam de um suporte maior para produzirem sozinhos. Quando o trabalhador forma um grupo de empreendimento, uma cooperativa, e tem mais gente, ele pode acessar esse crédito e um avaliza para o outro um projeto coletivo. Neste caso, a Cata-Sol está recebendo um crédito em que todos os cooperados vão ser avalistas para comprar um caminhão para coleta seletiva. Eles se somam. É um trabalhador, mais um trabalhador, mais outro trabalhador... E esse crédito vem do Fundecam que, neste momento, é o parceiro da economia solidária — detalhou a coordenadora.
Subsecretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Mário Sérgio Cardoso ressaltou que as metas estabelecidas pelo plano de governo de Rafael Diniz, que incluem as novas economias, estão sendo colocadas em prática. Segundo Mário Sérgio, o modelo pressupõe autogestão dos trabalhadores, organizados em forma de cooperativa:
  • Feira de Economia Solidária na praça

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— Este modelo é democrático e distribuidor de riqueza. Ele já está sendo colocado através do plano de metas e do Plano Plurianual (PPA). Ano que vem, essas ações vão se tornar muito mais visíveis, como a questão da pesca artesanal, da agricultura familiar com viés de agroecologia e também a criação da Fábrica de Ideias. Será o espaço para o qual vamos convergir todo o processo de inovação para as pequenas e médias empresas e a economia solidária. Vamos trabalhar em eixos básicos: artesanato, confecção e doces. Vamos começar a fazer um trabalho para qualificar a metodologia que vamos empregar para o modelo que será desenvolvido na Fábrica de Ideias. A pauta das novas economias já está sendo tocada, começando a construir o que será o círculo virtuoso para essa economia pós-royalties.
Ainda nesta sexta-feira, foram realizadas oficinas de bonecas abayomi e de moulage (arte e técnica no design de moda afro-brasileiro e biojoias) e, às 14h30, a roda de conversa "O futuro da política pública municipal de economia solidária em Campos com a aprovação da Lei 8.717/2016". Apresentações culturais também fizeram parte do evento durante a tarde.

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