Adriana Lessa está de volta à TV Globo
09/12/2017 17:13 - Atualizado em 11/12/2017 14:11
Divulgação
Após três anos longe da Globo, Adriana Lessa comemora sua Gracinda na série “Cidade Proibida” na emissora. A personagem é uma mulher firme, mãe, casada com o delegado Paranhos, vivido por Aílton Graça, por quem é apaixonada. “É uma mulher forte e amável. Muitas mulheres na vida como ela são fontes de inspiração”, diz.
A paulista de Guarulhos começou a carreira ainda na adolescência, em 1986, com o prestigiado diretor teatral Antunes Filho, no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) em São Paulo. E é no teatro que Adriana tem estado nos últimos tempos.
“Lá a magia e proximidade da resposta do público são imediatas”, conta. Ela gosta do palco, e o palco retribui. Tanto que concorreu este ano ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por sua personagem Deolinda, a primeira esposa do Cartola, no musical “Cartola, o Mundo É Um Moinho”.
“Fazer essa homenagem possibilita a visibilidade do protagonismo negro e também o fortalecimento desta representatividade no palco, na plateia e na vida”, observa. “É importante resgatarmos nossa ancestralidade! Apesar de toda nossa miscigenação, nosso Brasil é um país com muitos preconceitos e intolerâncias”.
E a atriz já está de volta aos palcos em São Paulo, no Teatro Gazeta, com uma versão de “Monólogos da Vagina”, de Eve Ensler, na concepção de Miguel Falabella. O espetáculo chega por aqui em 5 de janeiro, no Teatro dos Grandes Atores. “Apresentamos questões sobre descobertas, traumas e relacionamentos”.
Dose Dupla — Ela também está à tarde na Globo, na reprise de “Senhora do Destino” (2004), vivendo Rita, a personagem oprimida e que sofre o feminicídio. “Lamentavelmente, esta questão está enraizada em nossa cultura. A violência contra a mulher existe desde os tempos de nossa colonização”, constata.
Lamenta que, mesmo tantos anos depois do folhetim, essa ainda seja uma questão a ser combatida. “Atualmente em nosso país, uma mulher a cada 11 minutos é estuprada e, a cada dois minutos, cinco mulheres são violentadas. A situação da violência contra a mulher existe, deve ser denunciada e tratada”, observou. (A.N.)

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