A Faculdade de Medicina de Campos recebeu, nesta quarta-feira (29), uma capacitação sobre Hanseníase para os profissionais de saúde que atuam nos presídios de Campos. Os participantes tiveram informações detalhadas sobre os sintomas da doença, que apesar de conhecida de modo geral, ainda é estigmatizada pela maioria das pessoas. Essa capacitação faz parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP)

A hanseníase é uma doença de alta prevalência no Brasil. Segundo o Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde, foram registrados quase 20 mil novos casos da doença no país entre janeiro e novembro de 2023. E a população carcerária acaba sendo um grupo ainda mais propenso à contaminação.

A palestra foi ministrada pelo diretor-geral da FMC, professor Edilbert Pellegrini, que além de dermatologista, é diretor do Programa Municipal de Controle da Hanseníase de Campos. O médico explicou que, apesar da hanseníase ter cura e de não ser transmitida em um simples contato com o paciente, ainda tem o diagnóstico dificultado pelo preconceito. Segundo ele, a falta de capacitação dos profissionais contribui para isso e, consequentemente, o devido enfrentamento à doença não acontece. “Essa interação com os profissionais é fundamental para que possam estar capazes de reconhecer a suspeita e indicar a necessidade de atendimento médico”, afirmou Dr. Edilbert.