Passarela de Donana, na RJ 216, ainda sem previsão de reconstrução
Ingrid Silva 13/04/2024 08:17 - Atualizado em 13/04/2024 09:24
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216 / Rodrigo Silveira
Desde que caiu, em novembro de 2022, a passarela da ponte sobre o Canal de Coqueiros, na RJ 216 (Campos - Farol), em Donana, na Baixada Campista, segue sem qualquer indício de reconstrução e também sem previsão de início das obras. Em agosto do ano passado, o Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) informou que a obra estava em fase de licitação, continuando no mesmo processo até o momento. A passagem caiu após apresentar rachaduras e estava interditada desde setembro do mesmo ano.
Em fevereiro do ano passado, uma equipe do DER-RJ esteve na ponte e retirou a estrutura que havia caído. Porém, nada foi feito depois disso. Moradores e comerciantes da área têm presenciado acidentes sobre a ponte, já que o mesmo local em que passa carros e diversos caminhões, também passam bicicletas e até mesmo pedestres. Foi possível observar, nessa quinta-feira (11), os riscos que as pessoas correm na rodovia.
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216 / Rodrigo Silveira

O proprietário de um salão próximo ao local, Adriano Gonçalves, presenciou, no último domingo (7), mais um acidente frequente, entre uma bicicleta e uma moto. “Aquilo ali está sendo uma tragédia. Vários acidentes, domingo teve um entre um ciclista e um cara da moto, bicicleta ou pedestre e caminhão toda hora acontece. O fluxo de bicicleta de manhã é muito forte, esses caminhões grandes então...”, lembra Adriano.
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216 / Rodrigo Silveira


Passando quase todos os dias de bicicleta pela ponte para entregar produtos da loja em que trabalha, Max Mendes, de 22 anos, falou sobre os riscos que corre quando precisa enfrentar a via, lembrando da demora para a reconstrução. “É um descaso porque a gente tá ali passando de bicicleta e a gente divide lugar com carro, caminhão, entendeu? Às vezes vem a pessoa contra a sua direção, você tem que jogar um pouco mais pra pista, aí tem que ficar tendo cuidado com o carro... Então é difícil, a chance de ser atropelado é grande, não é pequena não (...) Ainda não entendi o tamanho da demora, por que que tá até hoje, esse negócio é desde 2022”, explica.
Do lado contrário de onde ficava a passarela, existe uma outra, recomendável para pedestres e ciclistas utilizarem, como mostra a placa de interdição. O Departamento orientou, através de nota, que “os pedestres utilizem a passarela do lado oposto como alternativa para melhor segurança de todos”. Porém, o local está cheio de mato e, de acordo com quem passa por lá, existe uma dificuldade para passar para o outro lado.
Outra passarela no lado oposto
Outra passarela no lado oposto / Rodrigo Silveira

“Fizeram uma outra passarela, do outro lado. Você tem que atravessar a pista pra você poder usar essa passarela. Mas você que está nesse lado aqui, você prefere ficar do mesmo lado que você está do que atravessar a rua cheia de carro em horário de pico. Como você faz pra passar?”, reclama Max.
Jocenildo Pereira, de 56 anos, trabalha em duas padarias na região e passa de bicicleta pela ponte todos os dias. Ele mora em Donana há pouco tempo, depois que a passarela caiu, mas percebe a falta que ela faz. Sobre a outra passarela, Jocenildo entende a importância, mas não utiliza pela dificuldade. “Eu, na realidade, percebo que é muito estreito, né? Estreito demais, no meu ponto de vista. Faz falta essa outra passarela aí. Pra nós aqui, faz. Porque quando passo por aqui, é um perigo danado (...) Muito difícil usar o outro lado. Eu passei ali duas vezes, para dizer a verdade. O outro lado da linha já é mais complicado para poder ir. O certo é ir por lá, mas...”, contou.
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216
Passarela de Donana ainda sem indícios de reconstrução, na RJ 216 / Rodrigo Silveira

Inicialmente, o local chegou a ser interditado pela Defesa Civil de Campos no dia 20 de setembro de 2022, após a estrutura apresentar uma rachadura com risco de queda. No dia 6 de novembro de 2022, a passarela caiu de vez. A cabeceira da ponte chegou a sofrer uma rachadura em agosto do ano passado, mas a situação foi resolvida com trabalhos de equipes do DER-RJ e vistoria realizada pela Defesa Civil Municipal.
Contudo, outra situação também oferece risco a quem passar pela ponte, principalmente pedestres ou ciclistas. Parte das barreiras de segurança do acesso está em falta, deixando um espaço vazio em quase metade do caminho. O Departamento informou que, dentre as intervenções previstas na licitação, está a substituição dos guarda rodas da ponte (barreira de segurança). Mas ainda segue sem datas para avanços na próxima fase e nenhuma previsão para início das obras.
Problema nas barras de segurança da ponte
Problema nas barras de segurança da ponte / Rodrigo Silveira


Buraco se abre em cabeceira de ponte RJ 208

Um buraco se abriu durante a passagem de um ônibus na manhã da última quarta-feira (10), sob a cabeceira de uma ponte localizada na RJ 208, na Tapera, em Campos. Ninguém se feriu. O Departamento de Estradas e Rodagem (DER-RJ) esteve no local realizando os reparos, assim como o secretário de Agricultura, Almy Junior, esteve presente para acompanhar a obra. O Departamento informou que já concluiu os serviços de reparo na ponte, que foi danificada pela cheia do rio.
Segundo Almy, parte do asfalto apresentou pequenas rachaduras devido às fortes chuvas que atingiram a região recentemente. “Aqui é uma RJ, que liga Tapera a Lagoa de Cima, isso foi em função da chuva, o Rio Preto estava muito cheio, essa área inundou toda. Isso acaba provocando danos. Houve uma solicitação junto ao DER (...) Tivemos um acidentezinho, mas sem vítimas”, disse.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS